David Garrett está de férias em algum paraíso azul e, nos últimos dias, tem postado algumas selfies com o torso nu. Imagens que mostram um homem bonito que, naquele momento, sentiu vontade de mostrar que cuida do corpo e tem orgulho disso. Nada fora do padrão de milhões de outros homens de meia-idade que também são bonitos e se cuidam.
As fotos, entretanto, sempre atraem comentários preconceituosos e ignorantes. Pessoas que não aceitam que David seja, também, uma pessoa e um homem: um homem interessante, bonito e sexy, com todos os sentimentos, dúvidas e necessidades de afirmação que o ser humano tem. Elas exigem dele o comportamento de um astro da música recatado e assexuado. É hipocrisia, disfarçada de "preocupação com a imagem do violinista", que parece não ter direito de ser humano.
Há dois anos atrás, a selfie mais bonita que David já postou, "Do jeito que Deus me fez", tão delicada e inocente, não conseguiu ficar online por mais de algumas horas. A imagem foi deletada após muita polêmica e, certamente, por causa da pressão dos parceiros comerciais que se sentiram incomodados com os comentários das "vigilantes de plantão”. Infelizmente, assim é o pequeno mundo das redes sociais, que instiga uma permanente guerra entre liberais e conservadores, que pode prejudicar qualquer negócio.
Talvez algum dia, David consiga se libertar de todas as amarras e ser ele mesmo, primeiro como pessoa e depois como um astro. Ele não precisará esconder o que sente, o que pensa ou o que acha, e poderá fazer todas as selfies que quiser sem sofrer represálias. Não porque será sempre compreendido, mas porque as pessoas terão mais educação e gentileza, ficando em silêncio se não tiverem nada de bom para dizer, ou discordando educadamente. É o que se espera em um mundo civilizado, afinal, quem de nós NUNCA sentiu vontade de se mostrar bem e bonito?
EntreNotas
P.S. Cortei a foto para não provocar os parceiros comerciais de DG.
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