Durante a "Classic Revolution Tour" - antes de Explosive - uma moça da plateia era convidada a companhá-lo no palco, enquanto ele tocava uma música lenta, especialmente selecionada por não exigir movimentos enérgicos do arco. Uma garota, escolhida ao acaso, que por um momento brilhava tal qual uma estrela... cadente!
Como elas lidam com a repentina e abrasadora proximidade de seu ídolo? Ou com o fato de que ele está, por alguns momentos inesquecíveis, olhando para cada uma delas como se fosse a menina de seus sonhos? E, de repente, as abraça, inclina a cabeça no ombro, pisca um olho, sorri arrasadoramente e lhes dá um leve beijo no rosto... como elas se mantém comportadas?
Parece tão carinhoso, tão aconchegante... mas na verdade DG está apenas trabalhando, sua atenção está, como sempre, totalmente focada na música, não perde um único compasso, não toca notas erradas e não deixa de ser sedutor.
Mas e elas? Elas são inteligentes, sabem que é apenas uma jogada de marketing, mas também sabem que recebem um privilegio.. igual a uma faca de dois gumes.
Algumas certamente ficaram com uma memória dolorosamente perfeita, que vai viver em suas mentes por muito, muito tempo, depois de receber e perder para sempre aquela proximidade idolatrada. Outras, apenas se divertiram e sorriem ao lembrar, sentindo-se afortunadas, mas sem permitir que aquilo interfira em suas vidas.
Bem... só elas sabem... a propósito, a favorita de DG parece ter sido aquela elegante moça paulista, a única sobre quem ele fez um comentário apreciativo indireto, depois que ela deixou o palco!
Texto baseado no artigo de Fabienne Wolf: “David Garrett e sua canção serenata”
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