Tel Aviv, 5 de junho de 1967, o maestro que ensaiava a filarmônica de Israel ouviu quando soaram as sirenes que anunciavam o início da guerra, guardou sua batuta e foi para o aeroporto pegando o primeiro avião. Naquela mesma hora, Zubin Mehta aboletava-se em um avião de carga que saia de Viena. No dia seguinte, ensaiou a filarmônica no subsolo do auditório Mann e, à noite, ali regeu um concerto inesquecível.
O maestro (26/04/1936) esteve pela primeira vez à frente da Filarmônica em 1961, quando tinha apenas 25 anos de idade e era estudante de música em Viena. Ele nasceu em Bombaim, atual Mumbai, de origem pársi. Seu pai, Mehli Mehta, era um músico de primeira ordem, que, depois de criar a Orquestra Sinfônica de Bombaim, regeu-a durante décadas.
Zubin Mehta considera a Orquestra Filarmônica de Israel sua própria família. A par de raras exceções, ao longo dos 48 anos em que a vem regendo, ele mesmo escolhe todos os seus músicos, "que entendem cada gesto que eu faço, por mais sutil que seja". Zubin considera a regência como a forma mais consumada de comunicação entre seres humanos, porque maestro e orquestra se entendem à perfeição sem que uma só palavra seja pronunciada.
A colaboração de DG com o notável maestro vem de longa data. Ele testemunhou o desenvolvimento de Davi ao longo dos anos, de prodígio infantil a músico estabelecido e executou o Concerto de Brahms em D Major com ele e a Orquestra Filarmônica de Israel, em 2013, uma marco inesquecível na carreira de DG e da orquestra. Em suas entrevistas, DG sempre observa a honra de trabalhar com Zubin Mehta.
"David é extremamente honesto com a intenção do compositor. Ele não faz desvios incomuns de interpretação. Ele é classicamente orientado, porque foi assim que ele cresceu. Então, fico muito impressionado com a manutenção da verdade das intenções do compositor quando ele toca. Em outras palavras, ele usa sua técnica e som bonito para servir a música que está interpretando. E isso é muito importante." - Zubin Mehta
Fonte: Morasha
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