*“Os mais de mil anos de história não tiraram a disposição da Cracovia. Muito menos deterioram seus monumentos, que mantêm com elegância o charme original do Velho Mundo, a exemplo do Collegium Maius, da Praça do Mercado, do Castelo Wawel e da Basílica Mariana (entre outras 140 igrejas).
Nem mesmo os bombardeios da Segunda Guerra a atingiram. Enquanto os nazistas voltavam sua ira aos rebeldes de Varsóvia, a Cracovia mantinha relativa ordem, o que a fez escapar praticamente ilesa, embora soviéticos e alemães não apreciassem nem um pouco os ares estudantis da cidade, detentora da quinta universidade mais antiga do mundo. Em um de seus episódios mais trágicos, soldados de Hitler invadiram a faculdade, arrastaram 180 professores e cientistas ao pátio e os executaram na frente de todos. Mas a atrocidade não foi suficiente para arrancar-lhe o espírito. Pelo contrário: hoje, a Cracovia conta com 15 escolas superiores e o ensino é gratuito até o fim da faculdade. Dos 900 mil habitantes, cerca de 200 mil são colegiais ou universitários, vários vindos de outras partes do mundo só para ter o gostinho de estudar nos mesmos bancos onde Nicolau Copérnico (1473-1543) sentou um dia.
Por anos, o arcebispado de Cracovia esteve sob o comando de Karol Wojtyla, que viria a ser eleito papa sob o nome de João Paulo II. Um dos homens mais influentes do século 20, teve papel fundamental na queda do comunismo, no reestabelecimento do orgulho da identidade polonesa e na reaproximação com judeus e muçulmanos. Sua imagem está por vários cantos da cidade, assim como um certo ar de modernidade se mistura a edifícios tão belos quanto veneráveis.”
Um interessante ponto turístico é a Gruta do Dragão de Wawel (Smok Wawelski), personagem de uma das mais antigas e conhecidas lendas da Polônia; no local existe uma estátua do dragão que solta fogo pela boca.
P.S.: português: Cracóvia; polaco: Kraków; latim: Cracovia; alemão: Krakau
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