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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Eu sou Música... Eu sou Ilimitado!


A superprodução ficou para trás e “Unlimited” está enxuto, ganhando uma dimensão íntima muito maior, ficando mais atraente e sedutor! Exatamente do jeito que deve ser, uma vez que a regra máxima da elegância sempre foi: “menos é mais”.

No Royal Court Teatre lotado DG surgiu com a “Quinta”, depois de sua banda estar posicionada e executou Beethoven com uma maestria adquirida ao longo de anos de prática, seguida de suas melhores músicas nos últimos dez anos, acompanhado dos spots coloridos estrategicamente colocados, de algumas imagens pré selecionadas no grande telão e de sequências de imagens ao vivo. Executou o roteiro do show, com perfeição e naturalidade suficiente para que tudo parecesse espontâneo, pois, é exatamente isso que o publico deseja, sentir que as coisas acontecem no palco, por acontecer e não porque estão dentro de um script.

Entretanto, algumas coisas fogem do roteiro e simplesmente sucedem, como uma falha no sistema de som, logo na segunda música pegou todos de surpresa... mas, nada que pudesse distrair DG, que continuou tocando como se nada tivesse acontecido e sua única reação foi um meio sorriso e um levantar de sobrancelhas, como quem diz: “Fazer o quê?” Som restabelecido em seguida... e tudo bem...

O show foi uma sequencia de interpretações primorosas, executadas no violino com o coração na ponta dos dedos, durante dois minutos... ou melhor, duas horas que pareceram apenas minutos, deixando no público um enorme gosto de “queremos muito mais”.

SEGUNDO CONCERTO
Mais uma vez DG subiu ao palco e deixou todos os fãs felizes. A naturalidade, a maestria, a sincronia e a alegria que ele expressava diziam: “estou feliz de estar aqui, feliz porque estou tocando meu violino, feliz porque amo as músicas que toco e feliz porque vocês estão comigo!”

Mas, notadamente, o momento alto da noite foi a companhia de JK na banqueta no meio do palco, para acompanhá-lo na execução de "Ain’t no Sunshine". Eles conversaram, JK disputou com ele a posse do microfone para responder suas provocações e ambos se divertiram. A satisfação de DG em ter ali ao seu lado, seu parceiro, amigo, seu confidente, seu braço direito foi notória e a cumplicidade que existe entre ambos, impossível de não ser percebida!

TERCEIRO CONCERTO
Apesar de haver pessoas de muitas nacionalidades no navio, apenas no primeiro show DG utilizou o inglês, dando preferência ao alemão para os dois últimos e, claro, os alemães puderam desfrutar um pouco mais de sua prosa que, embora siga um roteiro, é flexível e novas observações sempre acontecem como, por exemplo, a presença de sua mãe no palco, algumas provocações à JK e DG incentivando o público a participar e aplaudir.

A satisfação de DG por estar no palco era tão densa e visível, que podia ser desdobrada em diferentes sensações: alegria crescente, excitação extrema, frissom inevitável... êxtase, cada sentido expresso em seu rosto, seus olhos, seus movimentos, sua postura! E tudo de novo a cada música executada, deixando o público não germânico enlouquecido!

Somando os três concertos... foi sensacional... foi emocionante... foi, como diz uma certa música, subir os degraus do paraíso!

Nesta versão DG não desceu do alto em uma plataforma, não passeou no meio do público, sequer desceu para escolher uma felizarda garota para acompanhá-lo no palco, limitando-se a aponta-la e, ainda assim, foi ótimo, porque ele já passou da fase de precisar de estratégias que excitam, distraindo o público da musa do show, a Música.

DG e seu violino são capazes de atrair qualquer atenção, roubar qualquer coração, apenas executando música de alta qualidade, com uma técnica aprimorada, com parceiros de banda que entendem seu olhar e são muito bons no que fazem, com um gosto soberbo para compor, arranjar ou escolher suas interpretações, com uma sensibilidade apurada de quem nasceu para esse destino, pois, há muito ele deixou de ser apenas uma pessoa, para tornar-se “MÚSICA”!

Música que simplesmente explode por todos os seus poros, dominadora, soberana, possessiva e ilimitada, afirmando: “Este é David Garrett, meu mensageiro, eu o escolhi, ele me pertence.... ele é Música!”

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