Nota!

TODOS os textos aqui publicados refletem apenas a imagem que a autora tem de David Garrett.
TODOS os créditos de imagens são mencionados quando conhecidos.
TODAS as fotomontagens são apenas ilustrativas, não refletindo uma situação real.
TODAS as fontes de matérias da mídia são mencionadas.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Um lugar prosaico e instrutivo!









O Queem Mary 2 é inglês e nada nele é descontraído, exceto, talvez, o restaurante selfservice e o cassino.

Tudo no navio segue à risca o modo britânico de ser, a decoração luxuosa e sóbria, o grande lob central, equivalente às praças onde as pessoas sentam para olhar as outras pessoas, as lojas caras frequentadas apenas por idosos e ricos, o restaurante à la carte onde as pessoas entram com seus melhores trajes, os vários bares e pubs onde muitos procuram distração e rola uma música asséptica, a academia de ginástica, o spa, a biblioteca vazia, o pequeno e aconchegante teatro em tons de vermelho, o cinema, as passarelas externas onde uns poucos praticam jogging e só alguns corajosos sentam-se nas espreguiçadeiras por causa do frio... a piscina onde rola uma balada comportada, tudo distribuído em 13 andares, com muitas escadas, seis elevadores e corredores sem fim. O navio comporta 2600 pessoas confinadas em um pequeno espaço, esbarrando umas nas outras todo tempo, muitas simpáticas, outras nem tanto.

Cinco metros à esquerda da entrada do "Royal Teatre", a casa de espetáculos faz esquina com um corredor cheio de mesas para montar quebra-cabeças e outros jogos, um ponto relativamente sossegado, com grandes janelas e a primeira era minha favorita para sentar e tomar notas em meu notebook.

Estive por ali todos os dias e pude presenciar muitas coisas interessantes, como, por exemplo, a grande movimentação do negócio da troca e conquista de mais bilhetes para os shows de DG, como o assunto era gerenciado e por quem; vi alguns membros da equipe sendo assediados e dois deles entregando alguns convites para fãs e recebendo efusivos agradecimentos pelo favor; troquei algumas palavras com Tobias, o gerente de negócios, com Dick, o engenheiro de som, com Franck depois de sua tarde de autógrafos e com um outro simpático membro da equipe técnica, que me retirou gentilmente do teatro desculpando-se por me expulsar, pois, entrei sem ser convidada; e todos os meninos da banda se aproximaram pelo menos uma vez para espiar pela janela e, claro ganhei um polido “alô, como vai” e também vi constantemente uma mulher com ares de poucos amigos, que acredito fazia parte da trupe, entrando e saindo do teatro a todo momento, vigiando DG como um gavião, na tarde de autógrafos, o tempo todo distribuindo instruções ou sei lá o quê, bem ao estilo germânico de ser!

Acho que todas as pessoas que estavam no navio passavam por ali pelo menos uma vez, algumas me perguntavam o que eu estava fazendo, conversavam um pouco, outras me olhavam como se eu fosse um E.T. e seguiam seu caminho.

Um casal deveras simpático e elegante, comentou comigo que preferiam ver somente DG no palco, pois, ele e seu violino são o suficiente para entreter quem gosta de boa música e não conseguiram ver o show até o final.

O lugar era tão interessante e instrutivo que acabei tendo uma concorrente disputando o batente da janela comigo. Claro que o único que não passou por ali foi DG, um lugar prosaico demais, no qual ele seria assediado sem dó.

P.S. O texto reflete as vivência e impressões da autora.

Um comentário:

  1. Acho estranho vc fazendo parte da vida e vendo o dia a dia de DG.vc sendo respeitosamente sendo uma porta voz da vida e sua carreira que é linda. Admiro amo suas músicas li alguns altos e baixos da sua vida até particular mas continuo gostando de música boa e um violino que só DG.sabe tocar.espero que seja simpático como demonstra ser. Mas não tenho ídolos mas bons profissionais cantores etc....

    ResponderExcluir