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sábado, 7 de março de 2020

Parabéns ao "Revolucionário Perigoso"!


Joseph-Maurice Ravel em seu tempo ganhou a fama de "revolucionário perigoso". Na verdade, de perigoso o compositor, pianista e maestro francês não tinha nada. Era apenas um músico com extrema complexidade técnica, que conseguia criar sons orquestrais ecléticos como ninguém, o que evidenciava sua condição de fã assumido do compositor Claude Debussy.

Ravel nasceu na cidade de Ciboure, nos baixos Pirineus, em 7/3//1875. Começou a receber as primeiras aulas de piano aos sete anos. Durante anos se preparou para concorrer ao Grande Prêmio de Música de Roma, evento que consagrava novos talentos. Considerado um dos favoritos à conquista em 1900, sofreu sua maior decepção ao ser derrotado. Nunca se conformou, e desde então passou a ser uma pessoa arredia, chegando a recusar a Legião de Honra, principal condecoração francesa. Não frequentava eventos sociais, apesar de viver no auge da belle époque européia, preferindo dedicar sua vida inteiramente ao trabalho musical. 

Em 1903 compôs o famoso ciclo de canções Shéhérazade. Obteve relativo êxito, mas só alcançou maior reconhecimento quando apresentou o balé Daphnis et Chloé em 1912. Havia magia e uma certa infantilidade em suas composições, mas ao mesmo tempo, criava peças que exigiam enorme empenho do intérprete, como é o caso da Sonata para violino e violoncelo e do famoso Concerto de Piano para Mão esquerda, especialmente criado para o músico Paul Wittgenstein, que perdera o braço direito durante a guerra. Em 1928, a pedido da bailarina Ida Rubinstein, compôs sua mais aclamada obra, Boléro.

Ravel foi um mestre da orquestração. O catálogo de suas obras completas lista 85 peças apenas. A maior parte da música para piano de Ravel é extremamente difícil de tocar e apresenta aos pianistas um equilíbrio de desafios técnicos e artístico. O músico foi um dos primeiros compositores a reconhecer o potencial da gravação para levar sua música a um público mais amplo.

Ravel dava grande importância à melodia, dizendo que existe "um esboço melódico implícito em todas as músicas vitais, assim, qualquer que seja o molho que você colocar na melodia, é uma questão de gosto. O importante é a linha melódica.”

Sofreu um acidente de automóvel em 1932, que deixou sequelas irreversíveis. Sua memória foi afetada e a coordenação dos movimentos jamais seria a mesma. Fortes dores de cabeça passaram a atormentar o músico. Em 1937, os médicos resolveram submetê-lo a uma cirurgia cerebral da qual não se recobrou. O último grande mestre clássico da música europeia morreu dia 28 de dezembro daquele ano.

Fonte: https://musicaclassica.folha.com.br/cds/24/biografia-3.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Maurice_Ravel

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