“A grandeza de uma profissão é, talvez, antes de tudo, unir os homens. Só há um luxo realmente verdadeiro: o das relações humanas” (Saint Exupery).
DG em ação revela quem é. Ao observarmos sua entrada no palco – ágil, de forma repleta de simplicidade, segurando firmemente seu violino, com um olhar luminoso e um sorriso no rosto, vemos uma imagem verdadeira, sem subterfúgios, sem retoques... vemos um profissional que entende perfeitamente ser apenas um instrumento da arte!
Vemos um músico que sabe que o sucesso de seu espetáculo é resultado de um trabalho coletivo harmonioso; sabe que um artista, sozinho não produz a grandiosidade de um evento; sabe que o trabalho escondido da produção é o alicerce onde o palco que ele se apresenta é construído; sabe que o público é tão importante quanto ele próprio, pois um concerto sem público não existe. Entende que tudo funciona como um corpo humano, onde um braço não é mais importante que uma perna e onde uma artéria bloqueada coloca em perigo todo o organismo.
E para entender isso tudo é preciso primeiro ser humano e em seguida estar apaixonado, pois só quando estamos apaixonados olhamos mais para o outro do que para nós mesmos. O artista verdadeiro, apaixonado pelo trabalho que cria, tem os olhos e a mente em sua arte, não em si, sabe abrir-se, sabe relacionar-se, sabe doar-se.
E isso é o que vemos nos entretons de suas apresentações, um profissional humano que coloca todo o seu imensurável talento a serviço da arte, que entrega seu amor em forma de música, emocionando, alcançando almas...
Então, ele consegue transformar para melhor o mundo ao ser redor e sacramentar o relacionamento entre artista e publico através de dessa união de almas! E as pessoas se erguem, os aplausos são incontidos, frenéticos, intermináveis... pois é uma união é inquebrantável!
Imagem: Jörg Kollenbroich FB
P.S. O texto trata apenas da imagem de David Garrett para a autora
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