Por Bruno Vaiano
Todas as canções são feitas de progressões de acordes. Acordes são conjuntos de três, quatro ou até cinco notas – o céu é o limite – que, quando colocados em sequência, servem de base para toda a música popular, passando por todos os estilos.
Inúmeras músicas muito conhecidas compartilham das mesmas progressões de acordes, simplesmente porque funcionam bem, sendo possível emendar acordes de inúmeras músicas com um resultado bem legal. A Wikipedia tem uma lista com mais de 100 canções que usam a mesma série – que, na língua dos músicos, é representada pelos números romanos “I-V-vi-IV”.
Se você é leigo, calma: essa sopa de letrinhas é mais simples do que parece. Pegue aquela ordem clássica, que todo mundo sabe: “dó, ré, mi, fá, sol, lá, si”. Essa é a tal da escala de dó maior. O acorde “I” (1) é o que é construído a partir da primeira nota da sequência – no caso, dó. O acorde “V” (5) é feito com a quinta nota da sequência – no caso, sol. E por aí vai.
A grande pioneira deste clichê foi uma sequência de oito acordes (I-V-vi-iii-IV-I-IV-V) usada pelo compositor barroco alemão Johann Pachelbel por volta de 1680 para fazer seu Cânone em Ré Maior-– uma peça que até hoje é tocada em casamentos e enterros por aí. Em 1994, o Blues Traveler usou exatamente os mesmos acordes para a canção Hook – cuja letra critica justamente o fato de que há muito dinheiro e pouca criatividade na indústria musical.
Ah, os números escritos em minúsculas são os acordes menores, que soam mais melancólicos e fechados. As maiúsculas são acordes maiores, que soam mais felizes e brilhantes.
Fonte: Superinteressante/set 2017
https://super.abril.com.br/cultura/5-sequencias-de-acordes-muito-muito-usadas-na-musica/
Imagem: Pinterest sem crédito
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