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quarta-feira, 13 de maio de 2020

"Bach é como um astrônomo que descobre estrelas maravilhosas!"


A arte da Fuga
(forma musical antiga de tema único, constituído basicamente de 3 partes: exposição, episódio (desenvolvimento), stretto)

Em contraste com composições que muitas vezes dependiam de uma só linha melódica sobre uma série de harmonias, a música barroca com frequência combinava muitas linhas melódicas independentes entrelaçadas. A técnica conhecida como contraponto permitia criar obras de complexidade e dramaticidade intensas, refletindo a riqueza de outras formas artísticas da época.

Por outro lado exigia grande habilidade para compor longos trechos de música com variedade e interesse suficientes. A ascensão do estilo clássico com sua opção pela simplicidade e por harmonias de mudança mais lenta, desobrigou os músicos de dominarem técnicas tão complexas.

Bach, porém, o consagrado praticante do contraponto barroco, considerava a habilidade tão vital que tentou no fim da vida organizar e apresentar seus conhecimentos em publicações como “A Arte da Fuga”/1751, um ciclo cerca de vinte obras.

O mestre foi muito famoso pelas fugas que seguem os mesmos princípios mas os dispõem em estruturas bem mais rigorosas, propiciando experiências de audição muito ricas. Com as 48 fugas de “O Cravo bem Temperado” o mestre deu aos instrumentistas de teclado e compositores um compêndio de técnicas de estudo, que embora tenham sido concebidas como ferramentas de ensino, são muitas vezes executadas em salas de concertos, sendo as fugas para órgão e música sacra absolutamente poderosas.

Nas palavras do próprio Bach, “trabalho incessante, análise, reflexão, muita escrita, correções infinitas, eram o segredo”. DG em seu trabalho de conclusão de curso na Juilliard escreveu uma fuga ao estilo de Bach.

Fonte: O Livro da Música Clássica – Ed.Globo – pag. 108/110

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