DG tem Bach como um de seus ídolos e para encerrar seu curso na Juilliard, compôs uma “fuga ao estilo de Bach”. A fuga, uma técnica de composição, evoluiu durante o século XVIII, a partir de várias composições contrapontísticas: ricercares, caprichos, canzonas, fantasias.
Bach foi muito famoso pelas fugas que seguem os mesmos princípios do contraponto, mas os dispõem em estruturas bem mais rigorosas, propiciando experiências de audição muito ricas.
Na organização básica de uma fuga, uma melodia conhecida como “tema” é apresentada pela primeira voz na tônica (tom fundamental da escala). A voz seguinte responde então com a mesma melodia, mas começando na dominante (a quinta nota da escala usada).
Quando replica, a voz original toca um “contratema” que pode ser muito contrastante. A terceira voz entra então com o “tema” novo, começando na mesma nota em oitava diferente, enquanto a segunda voz em geral toca material livre derivado do tema.
Isso continua do mesmo modo até que todas as vozes entrem, em rápida transição da simplicidade à complexidade por meio de material musical limitado. A uga progride então com mais “episódios” de ânimo diverso, derivados de novo, muitas vezes, do material de abertura.
A seção do meio, por sua vez, apresenta o tema em diferentes tons e formatos até que a obra volte à escala de abertura. Outras variantes realçam esse trajeto como o “stretto” em que temas e respostas entram antes de os anteriores acabarem.
As variações incluem: fughetta (uma pequena fuga) e fugato, uma obra ou seção parecendo uma fuga sem, necessariamente, aderir às regras de formação de uma fuga. E, veja que interessante: a forma adjetiva de fuga é fugal!
Imagens: Pinterest sem crédito
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