By Karina Gomes
Para jovens alemães, diploma acadêmico não é o único caminho que leva a um bom salário e ao reconhecimento da família e da sociedade. De curta duração, cursos técnicos garantem rápida entrada no mercado de trabalho.
Quando vi o orçamento de um pintor para renovar as paredes do meu apartamento, entendi por que quem vive na Alemanha valoriza a cultura do faça você mesmo.
Serviços gerais – despidos da ideia do "bico" – custam caro, e quem os faz recebe um salário suficiente para manter um bom padrão de vida. É por isso que ao terminar o equivalente ao Ensino Médio muitos optam por fazer um curso técnico, em vez de obter um diploma acadêmico.
Ingressar no mercado de trabalho sem frequentar a universidade, após uma formação de mecânico, motorista de ônibus, cabeleireiro ou pintor, garante dinheiro suficiente para cobrir as despesas, ir de vez em quando a um restaurante e viajar durante as férias.
O curso técnico, em alemão "Ausbildung", oferece formação teórica e prática e exige que o aluno faça um estágio remunerado na área de estudo. Há vários tipos de formação técnica, que variam de um a três anos de duração. As áreas de especialidade vão de hotelaria a jardinagem, de design à química, de vendedor a produtor de cerveja, entre muitas outras.
Para estrangeiros, é preciso escolher um curso relacionado à uma profissão para a qual haja demanda na Alemanha. A lista com as profissões requeridas está no disponível na internet (ausbilding.de). Em 2017, entre as profissões com maior demanda estavam a de técnico em instalações, enfermeiro e cuidador de idosos.
A formação técnica é muito valorizada, especialmente pelo setor industrial. E formar-se como um profissional técnico não impede ninguém de depois entrar na universidade.
Em determinadas profissões, pessoas com diploma acadêmico acabam fazendo uma formação técnica para garantir a muitas vezes difícil entrada no mercado de trabalho.
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