Citole!

Citole é um instrumento musical de cordas popular na Europa medieval de 1200 a 1350 DC. É um instrumento de quatro cordas, com o corpo em forma de "folha de azevinho". Hoje, a citole é conhecida principalmente por fontes artísticas e literárias. Algumas das primeiras menções ao instrumento na literatura datam do século XII. Durante os séculos 13 e 14 foi amplamente exibido na arte medieval. 

Embora existam muitas pinturas e esculturas deste período que retratam a citole, existe apenas um instrumento de cerca de 1300 que sobreviveu ao longo dos séculos. Este citole é um objeto de extrema raridade e pertencia aos Condes de Warwick, estando hoje alojado no Museu Britânico. 

Este instrumento é considerado único pelas suas esculturas intrincadas que representam cenas da floresta com criaturas reais e imaginárias e porque é o único dos cerca de quatro instrumentos de cordas que sobreviveram desde o período medieval. 

De acordo com o Museu Britânico, esse instrumento ricamente decorado tem uma história interessante. Foi originalmente feito entre 1280 e 1330 como citole, um instrumento semelhante a um violão medieval, geralmente com quatro cordas. O que torna este instrumento tão intrigante é o fato de ter sido convertido em um instrumento do tipo violino durante o século 16, quando o violino se tornou mais popular. Os brasões da Rainha Elizabeth I e de seu suposto amante, Robert Dudley, aparecem na placa de prata do cabeçote. 

Este exemplar sobreviveu por causa da qualidade do artesanato e seu status como instrumento de um nobre associado a Elizabeth I, da Inglaterra e Robert Dudley, Conde de Leicester. Placas de som, escalas, cordas e outros acessórios foram substituídos ao longo dos séculos, mas o corpo, o braço e a antena do instrumento são autênticos. 

Fonte: https://www.thevintagenews.com/2017/03/31/the-british-museum-citole-one-of-the-most-remarkable-extant-medieval-instruments-dating-from-the-early-14th-century/

Imagem citole: https://en.wikipedia.org/wiki/Citole#/media/File:Citole_parts.jpg

Imagem DG: sem crédito na web