“Tudo bem, como compositor seria ótimo trabalhar com John Lennon. Como instrumentista, seria com Jimi Hendrix, porque me lembra muito o Paganini. Existe um antes e um depois de Paganini, assim como existe um antes e um depois de Hendrix. Eles eram mentes muito criativas que sabiam tocar os instrumentos além do que todos faziam, eles os levaram a um nível superior. Como cantor seria com Freddie Mercury; seria ótimo porque ele tinha uma voz maravilhosa, um alcance vocal impressionante, seu tom de voz e qualidade são magníficos, ótima entonação e técnica. Estas seriam minhas escolhas.
(...) Não existe vergonha em ouvir a música que você gosta, porque o mundo tem seus “gostos culposos” e todo mundo escuta de tudo. Isso é algo sensacional. Claro que se falamos da parte do negócio, da qual não estou muito por dentro, representa uma mudança, as coisas não acontecem como há 20 anos, há uma mudança clara no setor. Se você é bom, talentoso, ambicioso, tem uma ideia brilhante e é apaixonado, então você pode se promover, fazer algo ótimo no YouTube ou em qualquer outra plataforma e as pessoas vão gostar. Você não precisa ir a nenhuma competição ou a todas essas coisas que você tinha que fazer antes para ganhar reconhecimento como músico e poder gravar algo, então ficou mais fácil ter sucesso, mas ficou mais difícil manter o sucesso.
Gosto de estruturas, mas uma composição é na verdade uma estrutura. Tudo é sobre o que é necessário e o que não é necessário para nós, a mesma coisa que acontece na arquitetura quando você está projetando um interior, você tem que diferenciar entre o que adorna o seu trabalho e o que é realmente essencial. Você pode fazer composições muito coloridas com muitos sons que parecem agradáveis para você, mas então você tem que voltar um pouco e pensar no que realmente é necessário. Também na arquitetura você tem que pensar no que é necessário além do seu toque pessoal, é claro que esse toque estará sempre presente, mas se você quiser fazer um trabalho que ultrapasse o tempo, você tem que voltar alguns passos.
Nunca tenho expectativas. Sempre penso em um dos meus shows como algo que me excita, penso em poder trabalhar com músicos maravilhosos, uma grande banda, estar acompanhado por uma grande orquestra, um grande maestro. Para mim tudo é sobre ter os melhores momentos da minha vida no palco, aproveitando a música, e mais, acho que o segredo está em não tocar para o público, mas tocar para você mesmo e fazer música no palco, isso é realmente mágico. Você tem que pensar no que as pessoas realmente querem ver, mas o mais interessante acaba sendo a vibe natural que surge quando você não quer impressionar o público e eles ficam fascinados!
Fonte: Bla Bla Show TV/2018 – parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=8tvOQtseG_c
https://www.youtube.com/watch?
v=1z9E8QtNcR4&fbclid=IwAR0C6UEZdDtmprfDFB2UYT9AiYZM6lKhAiIKwZHwt5gOX5ezuEhPm5fOzXE
Imagem: Daniel Biskup
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