“Gosto de ser diferente no que faço, mas diferente não significa esquisito. Para mim é muito importante poder encontrar algo que funcione e que contenha minhas próprias expectativas, é por isso que comecei a fazer música crossover, porque sinto que é algo que posso fazer de uma forma incrível. Eu senti que poderia fazer isso, começar nesse gênero.
É uma coisa fantástica poder olhar para trás e ver esse longo prazo, porque é algo incomum hoje em dia, realmente é. Há muitas pessoas que de repente agitam com um disco, mas ninguém sabe o que acontece depois disso. Por isso tenho sido muito abençoado por poder fazer o que amo há tanto tempo e, acima de tudo, com esse nível de sucesso. A razão de eu ter conseguido trabalhar por tanto tempo é porque gosto de arriscar, mesmo que um álbum dê certo, nem penso por um segundo em fazer a mesma coisa de novo, gosto de fazer coisas bem diferentes.
Tive a sorte de poder receber educação em música clássica. Aprendi a tocar violino da melhor maneira, o que me dá um mar de possibilidades a explorar. Mais tarde, complementei estudando na Juilliard, o que me ajudou a fazer os preparativos. Então tive a oportunidade de criar minha própria música do zero, com os arranjos necessários e originais.
Não acho necessário ouvir muito o que outras pessoas falam, é mais importante ouvir-se soando como você imagina. Isso é mais interessante. Acho que o crossover é um pouco mais pessoal, além de ser eu no palco e uma relação que posso manter com o público, que é muito maior do que quando você se apresenta em um espaço cultural ou em uma casa de música clássica. Lá a música é contínua quase não há pausas, então é preciso um pouco mais de dedicação e criação da minha parte para dar a vocês algo de bom para ouvir. Gosto bastante de ambos os conceitos, embora sejam muito diferentes, mas quando você apresenta um concerto clássico é muito sobre a sua interpretação e como você entende o que o compositor queria transmitir, o que é uma honra para mim. Por outro lado, com o crossover, sinto que existe uma oportunidade maior de se relacionar com o público, a um nível interno e muito pessoal.
Adoro ouvir música latina e todos os ritmos que ela combina. Na verdade, há um projeto no qual estou trabalhando ...não deveria falar muito sobre ele, mas há algo em que estou trabalhando para o futuro. Nele eu planejo integrar todos os elementos que estão na música latina, porque eu gosto de dançar com essa música, então porque não experimentá-los.”
Entrevista para o programa Bla Bla Show TV/ 2018 – parte 1
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=8tvOQtseG_c
Imagem: Daniel Biskup
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