Artigo The Strad/Charlotte Smith - parte 3
Itzhac Perlman foi meu professor na Juilliard por quatro anos. Ele é super engraçado, gentil e nunca rude com críticas. Sua abordagem é voltar à partitura e questionar as decisões musicais: “Por que estou fazendo esse glissando, vibrato ou dedilhado?” A resposta a essas perguntas nunca deveria ser: “Porque eu sempre gostei disso”. Ele queria que seus alunos encontrem seu próprio som e interpretação, mas sempre questionassem primeiro. Ele teve uma classe muito pequena de apenas quatro pessoas no meu primeiro ano: Giora Schmidt, Aranud Sussmann, Ilya Gringolts e eu.
Estive em sua classe até me formar. Isso significava que eu via Perlan uma ou duas vezes por semana para aulas e nos fins de semana íamos para sua casa, onde havia uma grande refeição preparada. Todo mundo compartilhava suas histórias, incluindo Perlman e podíamos fazer perguntas sobre ele. Depois da comida, todos tocavam alguma coisinha e discutíamos as apresentações. Havia competição, claro, mas também havia um grande senso de positividade. Enquanto a competição negativa pode chocá-lo, a competição positiva o torna melhor - e Perlman sempre tinha o equilíbrio certo. Ele sabia que as pessoas olhavam para a esquerda e para a direita, mas tinha certeza de que todos também olhavam para si mesmos.”
Fonte: The Strad vol 132/nr.1572 - abr/2021
Imagem Itzhac Perlmann
https://www.facebook.com/Itzhakperlmanofficial/photos/a.381778560976/10156069927085977/?type=3&theater
Imagem Ida Haendel Pinterest sem crédito
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