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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Qual será a cor?


DG, como todos os alemães tem uma herança histórica bem difícil de carregar, pois, a intolerância e a maldade nazista produziram um dos grandes horrores modernos, a 2ª Guerra Mundial e o holocausto. 

Entretanto nem todos os alemães eram nazistas e muitos sofreram por serem obrigados a permanecer silenciosos para manter sua vida e de sua família. Dos horrores nasceram muitas histórias que, embora tristes, transmitem uma lição de vida surpreendente, onde a força de vontade e a esperança fazem toda a diferença. Muitas são histórias reais, outras são apenas estórias, mas nem por isso menos verdadeiras!

“Onde estão meus bons modos? Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei você embora gentilmente. 

Nesse momento você estará deitado(a). Raras vezes encontro pessoas de pé. Estará solidificado(a) em seu corpo. Talvez haja uma descoberta; um grito pingará pelo ar. O único som que ouvirei depois disso será minha própria respiração, além do som e do cheiro de meus passos.

A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar para buscar você? Que dirá o céu? Pessoalmente, gosto do céu cor de chocolate. Chocolate escuro, bem escuro. As pessoas dizem que ele condiz comigo. Mas procuro gostar de todas as cores que vejo, o espectro inteiro. Um bilhão de sabores, mais ou menos, nenhum deles exatamente igual e um céu para chupar devagarinho. Tira a contundência da tensão. Ajuda-me a relaxar.

Tenho uma pequena teoria, as pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.

(...) o único dom que me salva é a distração. Ela preserva minha sanidade. Ajuda-me a aguentar, considerando-se há quanto tempo venho executando este trabalho. O problema é: quem poderia me substituir?”

Esta é uma das considerações feitas pela “Morte”, a voz que narra o livro “A Menina que roubava livros”, de Markus Zusak, uma narrativa surpreendente, humana, forte e poética.

Vale cada palavra!

Imagem: https://thecomicvault.wordpress.com/2017/03/31/the-book-thief-review/
Imagem DG: Nadine Rupp
Imagem promocional do livro

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