O arco é um sistema físico-elástico, construído por mola tensora que é uma vara e uma corda distendida, representada por um conjunto de sedas. Ele é a ferramenta que o violinista dispõe a fim de produzir a sonoridade.
O arco teve seus ancestrais remotos na antiguidade e as discussões sobre suas origens são muitas. Inicialmente a peça possuía a curvatura oposta a atual. Podemos mesmo observar nas pinturas antigas figuras de anjos e santos tocando instrumentos de corda com o arco curvilíneo.
Até fins do século XVII o arco assemelhava-se muito ao arco de caça, esta foi a origem do seu nome. A técnica de então permitia serem as peças executadas com o arco nessas características.
Com a evolução da arte e consequente aperfeiçoamento do violino, tornou-se imperativo que o arco igualmente acompanhasse esse progresso. Entre os que contribuíram nesta evolução podemos citar Corelli, Tartini, Cramer e Viotti. Foi porém com o francês Françoise Tourte (1747-1835), que o arco atingiu o máximo de perfeição conservando-se inalterável desde esta época.
A supremacia da construção dos arcos deve-se à França. Entre os melhores fabricantes de arco estão, além de Tourte, Nicolas Lupot (1758-1824), Dominique Peccatte (1810-1874), François Nicolas Voirin (1833-1885), Jean Baptiste Vuillaume (1798-1875), Eugène Sartory (1871-1946), Alfred Lamy (1850-1919), W. E. Hill (1817-1895), Wilhem Hermann Hammig (1838-1925) e Giuseppe Lecchi (1895-1967). Tourte seguiu as indicações de Viotti, representando para o arco o mesmo que as famílias Amati, Stradivarius e Guarneri representaram para a evolução do violino.
O comprimento dos arcos à proporção que foram se aperfeiçoando, aumentou gradativamente. Os arcos do século VIII, além de terem a curvatura oposta à atual, eram bem mais curtos. Já com Viotti, eles aparecem com seu comprimento definitivo. O mais longo é o do violino, seguindo-se o da viola, violoncello e o mais curto do contrabaixo.
O empunhamento do arco com a mão direita e do violino com a mão esquerda teve sua origem nos instrumentos antigos, cuja técnica de produzir som era feita com a mão direita por meio de pizzicatos. A mão esquerda, muito menos trabalhosa e mais fácil, era dada a tarefa de delimitar as cordas. Com o aparecimento do arco manteve-se esta disposição.
Fonte: http://violinoarteetecnica.blogspot.com/2015/04/o-arco-do-violino-origem-e-evolucao.html
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