“Em primeiro lugar, claro, um caloroso agradecimento à minha adorável irmã! Muito obrigado por essas palavras lindas e bem escolhidas, sinto-me muito honrado que você veja as coisas dessa forma. Espero que vocês possam ver um pouco assim, quase como minha irmã!
Gostaria de agradecer por receber este prêmio. Não sou alguém que pensa em um discurso de antemão. Prefiro algo espontâneo. E quando eu estava tocando uma peça de Bach no palco mais cedo e, é claro, também estava olhando para a sala, dois corações batiam em meu peito.
Por um lado a alegria de receber este prêmio e poder tocar novamente na frente de uma plateia, mas também um pouco de consideração e tristeza por tão poucos estarem autorizados a estar aqui neste salão.
E essa consideração vem, em certa medida, da situação em que nos encontramos hoje. Quando estou no avião indo e vindo, no ônibus do avião até o terminal, assisto o futebol, vejo estádios quase lotados, isso me irrita um pouco, na terra de poetas e pensadores, na Europa, uma metrópole cultural, não conseguimos criar um lobby para a arte e cultura. Isso é o que eu desejo do fundo do meu coração. Muitíssimo obrigado!” (DG)
Com estas palavras, DG agradeceu o Prêmio da Cultura Europeia recebido em uma cerimômia na Ópera da Bonn, dia 28/3/2. O evento faz parte das comemorações do 250º aniversário de Beethoven e a trilha sonora, naturalmente, foi composta pelas músicas do grande compositor.
Diferentes das apresentações em que DG sempre está acompanhado de uma orquestra ou uma banda, desta vez seu Stradivari cantou divinamente sozinho, um solo no violino, que sem dúvida alcançou a alma de seus ouvintes, uma apresentação emocional e ao mesmo tempo técnica, própria de um virtuoso, que teria agradado a Beethoven!
E, a espontânea naturalidade de DG se fez presente, não apenas em seu discurso, mas também em sua postura, através do gesto de dobrar a perna sobre a poltrona da Ópera, descansando o braço sobre o joelho, como se estivesse na sala de sua casa, apreciando algo agradável! Mais natural que isso, impossível, afinal como ele mesmo já disse inúmeras vezes o “clássico” é sua casa e em casa estamos sempre à vontade!
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