“Lendo e estudando sobre a história da música erudita, observamos diferentes gêneros e períodos e percebemos o quanto ainda temos a aprender. São muitos subgêneros e estilos ainda à serem desbravados. O mais bonito da música é o quanto ela nos surpreende!
Na renascença um virtuoso estilo de composição nasceu a tocata – tocata em italiano - obra construída para instrumentos de teclas, especialmente os pianos, cravos e órgãos. Inúmeras criações surgiram a partir de 1590 no nordeste da Itália, onde compositores como Adriano Banchieri (1568-1634), Claudio Merulo (1533–1604), Giovanni Gabrieli (1555 e 1557-1612) e Luzzasco Luzzaschi (1545-1607) deixaram sua marca. O termo toccata deriva do italiano “toccare”, que significa tocar.
Em sua origem, as obras deste estilo musical não foram criadas para serem apresentadas em público, mas apenas para o aprendizado e treino de compositores e músicos. As tocatas demonstravam a habilidade do solista com seu instrumento e a técnica deste para executar uma obra. A improvisação em muitas tocatas eram bem vindas. A mudança de fluxo e na composição acontecia constantemente. O dedilhar sobre o instrumento e a alta velocidade aplicados sobre ele demonstravam a habilidade de quem os tocava. Entre uma das características mais evidentes, está o uso de corridas rápidas sobre o instrumento, apresentando uma melodia acelerada e palpitante.
Tocatas de Johann Sebastian Bach (1685-1750), por exemplo, são muito conhecidas no mundo da música, por conta de sua extrema dificuldade. Antigamente utilizava-se a tocata como o início de algumas composições, o que hoje chamamos musicalmente de prelúdio. Bach sempre fazia o acompanhamento de suas tocatas com uma fuga. Fuga é uma técnica de composição baseada em temas, onde estes são expostos e repetidos na composição, com diferentes melodias que se sobrepõem. Na fuga musical o tema é repetido por outras vozes – em algumas partes da música – inseridas diversas vezes de maneira entrelaçada.
Talvez a composição mais conhecida desse estilo seja a “Toccata and Fugue”, do próprio Bach, que possivelmente você já ouviu, apesar de nunca ter sabido quem a escreveu e a que estilo pertence. A Tocata e Fuga em ré menor é uma dessas grandes obras cuja finalidade não se prestava ao culto religioso nem às lições pedagógicas, mas era reservada somente ao deleite intelectual dos musicistas.”
DG, em seu tempo de Juilliard compôs uma fuga ao estilo de Bach.
Fonte: https://iradex.net/12899/o-cravo-bem-temperado-toccata/
Imagem DG sem crédito na web
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