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Por um lado, um certo sentimento
de tristeza, misturado com um pouco de raiva e impotência e até incompreensão
com a natureza dos seres humanos que muitas vezes podem ser tão inflexíveis, insensíveis
ou simplesmente sem ação; por outro lado, um sentimento de satisfação por
perceber que seu herói foi forte o suficiente para suportar a tarefa enorme que
lhe coube: ser responsável pela harmonia de sua famíla, seja qual for o custo.
Interessante é que a maioria daquilo que DG conta, já foi muitas vezes expresso em entrevistas, na verdade, as novidade estão nos detalhes e a narrativa em primeira pessoa é poderosa: é nosso amigo, nosso filho, nosso irmão, nosso amor nos
dizendo palavras simples e sinceras, nos envolvendo de tal forma, que sofremos
junto com ele, queremos defendê-lo, queremos acarinhá-lo, queremos estancar sua
dor… e não podemos.
Vamos mergulhando nossos
sentimentos em suas afliçoes, seus acertos, seus erros... mas quem somos para
apontar o dedo para ele? Por acaso faríamos melhor? Teríamos tal força interna capaz
para amadurecer e nos tornar um ser humano digno?
Assim, página por página
nós vivemos junto com ele as alegrias, mágoas, decepções, assombros, percebemos
seu conhecimento sobre a música, os violinos, os compositores, temos uma pálida
ideia do quanto é difícil domar aquele pequeno instrumento arisco e ficamos
deslumbrados com sua técnica, destreza, virtuosidade, engenhosidade... coragem além
da enorme curiosidade, que o impulsiona a procurar novos desafios, novos
caminhos ainda inexplorados no mundo da música que ele tanto ama. Ficamos
felizes porque finalmente DG tem tempo para si mesmo e para produzir!
David se diz um
colecionador de violinos, na verdade ele é um colecionador dos mais diversos
tipos de amor, um apanhador de corações; talvez não tenha sentido o amor que
precisava em sua juventude, mas certamente deve sentir-se muito amado hoje.
E chegamos à última página, mas certamente não ao fim… bem, talvez em breve possamos ter um novo volume, pois muitos acontecimentos e passagens ficaram de fora ou não foram melhor desenvolvidos; ainda há muitas coisas desse período que DG pode nos contar, nos deixando absolutamente cheios de admiração!
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