“Turnê é uma série de apresentações em várias cidades; cada noite em um palco, uma excursão, um pacote de viagem no melhor estilo “pé na estrada”, como DG tanto ama!
As turnês são extremamente necessárias para promover o lançamento do disco na mídia, formar ou consolidar o público e gerar renda. A passagem do artista pela cidade resulta em pauta na mídia local – jornal, rádio, televisão – e gera receita com a venda de ingressos, discos, camisas e afins. Também é uma oportunidade para o contato pessoal do artista com o seu público através da visita a uma loja de disco, de um pocket show ou de uma seção de autógrafos após a apresentação ao vivo.
As gravadoras costumavam arcar com as despesas de turnês, mas hoje, com a crise da indústria fonográfica, isto é um conto de fadas. A turnê é um investimento por conta e risco do artista. Uma alternativa é buscar patrocínio, público ou privado, a fim de cobrir pelo menos as despesas de transporte, hospedagem e alimentação da equipe. O contratante da cidade entra no risco do negócio arcando com os custos do show – espaço, estrutura, divulgação. A bilheteria pode ser dividida entre o artista e o contratante.
Alguns cuidados operacionais devem ser tomados, principalmente em relação a equipamentos e instrumentos. Deve-se levar o necessário para evitar custos com excesso de bagagem e transtornos com manuseio e acomodação desse material. A equipe também deve ser enxuta.
A turnê deve ser programada com antecedência por dois motivos: o primeiro, de ordem estratégica, para conseguir entrar na programação dos principais festivais e casas de show. Eventos importantes começam a fechar a programação com seis meses de antecedência. Se o evento é internacional, o prazo é de um ano de antecedência; o segundo, de ordem econômica, para conseguir pacotes promocionais para transporte e hospedagem.
O início da organização de uma turnê deve começar pelo fechamento de um evento importante que justifique o investimento. Pode ser um show num grande festival, um marco na carreira do artista, o lançamento de um novo projeto musical, por exemplo. Esse evento será o marco inicial que indicará o período e a região da turnê. A partir daí, considerando o roteiro e a época, demais shows serão fechados em cidades e países que sejam viáveis. Nunca é demais lembrar que, para assinar o contrato, é necessário estipular cachê, condições, obrigações e deveres de cada parte em relação ao show e à viagem.
Se a turnê for internacional, devem ser providenciados com antecedência passaporte e visto de trabalho para toda a equipe. A legislação sobre o trabalho de músico estrangeiro muda de um país para outro e por isso o responsável pelo visto deve ser o contratante do show.”
É fácil perceber que para visitar uma cidade ou país, o artista precisa ter um parceiro local nesta empreitada comercial.
Fonte: Música Ltda – O negócio da música para empreendedores/Leonardo Salazar
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