DG aprendeu a tocar piano na Juilliard e o utiliza frequentemente para compor e arranjar, tendo um em cada uma de suas casas.
O piano é um instrumento de mecânica extremamente refinada e complexa, cujo timbre é influenciado por diversos fatores como, a qualidade das matérias-primas e da fabricação, sua preservação e, até mesmo, o local onde está posicionado. Seu desenvolvimento até o formato atual, considerado ideal em termos de sonoridade, levou séculos para refinado e recebeu contribuições valiosíssimas em cada inovação.
Tanto os pianos verticais, chamados pianos de armário quanto os de cauda, possuem características próprias que auxiliam o músico em sua intepretação, e cada parte ou mecanismo foi desenvolvido para adequar o instrumento a diferentes necessidades. Um dos elementos mais visíveis e, por conta disso, muitas vezes valorizado apenas como elemento decorativo, é a tampa do instrumento.
Nos pianos de cauda, a grande tampa, quando levantada, aberta, confere ao instrumento uma aura de imponência e luxo. Sua função, no entanto, passa longe de ser apenas decorativa. A tampa do piano, em primeira instância, serve para proteger seus componentes internos contra a poeira e outros agentes que podem diminuir o tempo de vida útil do instrumento, assim como o funcionamento adequado dos sistemas mecânicos.
Além disso, é por meio do uso das diferentes posições da tampa que o pianista pode equilibrar a sonoridade do piano de acordo com o tamanho da sala em que está posicionado e do público presente, com os músicos com quem está tocando e com necessidades específicas de interpretação.
Nos pianos verticais, a tampa localizada no alto do móvel tem função similar. Aberta, propicia mais sonoridade. Fechada, abafa parte do volume sonoro. Por se tratar de um instrumento mais direcionado para uso de estudos, os pianos verticais são pouco utilizados em apresentações ou gravações, mas, quando empregados para essas finalidades, também podem ter sua sonoridade aumentada pela abertura da tampa superior e, muitas vezes, com a retirada da parte frontal do móvel.
Assim, em qualquer tipo de piano, quando é necessária maior definição sonora, tocar com a tampa fechada pode produzir um timbre mais aveludado, porém mais abafado. Mas quando é necessário explorar toda a sonoridade e a ressonância das cordas, abrir a tampa e fazê-lo soar por completo é uma ótima forma de demonstrar toda a potência e a majestade do rei dos instrumentos.
Fonte: http://blog.fritzdobbert.com.br/tudo-sobre-piano/muito-mais-que-uma-simples-tampa-de-piano/
Imagem: Frame Brisant
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