DG: É difícil... acho que o primeiro ponto de virada foi quando, no começo da minha carreira, ganhei um contrato com a Deutche Grammophon, aos 13 anos. Basicamente foi a porta aberta para uma carreira clássica, poder gravar com Claudio Abbado e muitos grandes regentes, ter uma gravadora do maior prestigio acreditando em um garoto de 13 anos tocando violino, este foi o primeiro marco. Então, mais tarde, eu parei de fazer turnês, fui para a Julliard e lá trabalhei por 4 anos com Itzak Perlman e acho que isto foi outro marco musical, porque começaram meus shows crossover e tive a ideia de fazer um CD com minhas próprias músicas e novos arranjos, que primeiro apresentei a minha gravadora Universal, mas eles não ficaram interessados, devo admitir. Mas não desisti, Tentei outras empresas e acho que o fato de uma gravadora finalmente dizer que acreditava naquilo foi o segundo marco.
FG: Qual foi seu show inesquecível?
DG: Bem, existem vários... toquei para o Papa, toquei para a Rainha, toquei para Barack Obama... bem provavelmente não são os concertos que estão realmente em minha alma, mas me dá prazer falar deles... mas acho que os momentos mais singulares e especiais para qualquer musico é quando você sobe no palco, depois de treinar muito e tudo fui... então está tudo no lugar certo, mente e corpo. Não importa se toco para 200 pessoas ou 20 mil. Se você toca para 200 pessoas e tem um ótimo desempenho, você sente-se muito feliz. Se você toca para 20 mil e tem um show insosso, nada tem graça. Precisa fluir para você saber que tudo funciona e se sentir feliz de verdade. No final, sucesso não significa nada se você não estiver feliz consigo mesmo.
Fonte: Entrevista com Fuat Guner para a TV Turca/2019
https://www.youtube.com/watch?v=RycRsF3mEmk&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2rJtK3usIQpxEUqPSvGLypuHzt_fQRpSAMC9E2x2OxC9fwZwYNvAO7R5Y
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