DG conhece e entende o violino. Ao tocar é claro, preciso e suave, tecnicamente é praticamente impecável. Domina o instrumento perfeitamente, é um músico elegante e original, um espírito criativo que toca o clássico como se tivesse sido criado naquele momento e ele tivesse uma curiosidade insaciável pela nova descoberta. Consegue a proeza de unir criatividade, profundidade de espírito e técnica.
E isso remonta às suas raízes, um garoto talentoso cuja intuição de fraseado musical, espectro de timbres e qualidade sonora eram tão marcantes e únicas que grandes músicos lutaram por ele: Ida Haendel o ensinou, Zubin Mehta o apresentou como solista nas orquestras mais importantes, Deutsche Grammophon gravou suas interpretações, Yehude Menuhin lhe deu dicas importantes e o considerou o melhor de sua geração.
Então, aconteceu um momento de silêncio e transição, no qual DG conheceu outros artistas em formação e tocou todos os tipos de música, enquanto era lapidado por Itzhac Perlman.
Encontrou seu caminho tornou-se um músico crossover e voltou aos palcos. Hoje, toca rock, pop, música de cinema e clássicos de uma forma agradável, que encanta e faz enorme sucesso sem jamais negar suas raízes, voltando, ocasionalmente, a uma gravação clássica ou noite de grande concerto para violino e até mesmo uma turnê espetacular, como foi “Iconic”.
DG é disciplinado e absolutamente consciente daquilo que faz e ama fazer. Cultiva seu instinto musical engenhoso para a estrutura, a tensão em um movimento, variação e espontaneidade na formação de tons e timbres a partir do espírito da música, capta a alma da música que toca e a experiência acumulada durante a passagem do tempo, aprimora seu talento... afinal, talento é como vinho, melhor envelhecido!
Imagem sem crédito na web
P.S. o texto trata apenas da imagem de DG para a autora.
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