A espaleira é um acessório utilizado entre os violinistas, mas não por todos, pois seu uso não é obrigatório e provoca polêmica. Alguns acham que o uso da espaleira confere mais estabilidade ao violino e algumas técnicas se tornam mais fáceis, leves e suaves para tocar, aliviando a tarefa da mão esquerda, enquanto outros acham que a espaleira acrescenta dificuldade em manter o instrumento e tocar com precisão, porque o acesso às cordas se torna mais complexo, além dela modificar a emissão do som. Um fato é que grandes solistas geralmente não usam a espaleira.
Polêmica à parte, a sua utilização depende muito da anatomia do corpo do músico, alguns usam apenas uma esponja fina, um pedaço de pano ou tecido ou em alguns casos não usam nada. Mas para quem fica com o pescoço torto ou com o ombro levantando, o uso da espaleira é uma necessidade, uma prevenção de saúde e as peças flexíveis são as mais indicadas, por sua facilidade de adaptação.
Já a queixeira é uma peça anatômica que ajuda o violinista acomodar de maneira mais confortável o violino ao maxilar. Sua função é proteger o músico de dores e permitir que ele toque confortavelmente, apoiando seu queixo no instrumento, além de proteger a madeira da transpiração e de qualquer abrasão.
Este elemento da anatomia de um violino, inventado pelo alemão Ludwig Spohr, tornou-se indispensável no início do século 19, após 300 anos de evolução, durante o qual o acessório foi fortemente criticado entre os violinistas.
Assim o conforto e saúde do violinista passam pelo uso da espaleira e queixeira adequadas ao seu tipo físico, peças não muito fáceis de conseguir sob medida, pois, são pouquíssimos luthiers que fazem os acessórios e mesmo assim o artesão tem que ser muito bom, pois nem sempre dá certo.
Fonte: SP Superprof
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