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sábado, 25 de maio de 2019

A alma traduzida em melodia!

Como descrever "Unlimited"? Talvez começando pelo suave pizzicato que anuncia Bach: Mi..., Mi..., La, Fá, Ré, Dó, Si, Dó, Si.., Lá, Sol, Sol... notas suficientes para fazer a garganta fechar e uma lágrima salgada encher o canto do olho, enquanto a magia intensa da melodia nos atinge com uma força avassaladora e pontos de luz sobem aos céus, como se levassem uma prece... então ele aparece numa plataforma elevatória minúscula e toca para as estrelas... a calça dele não está rasgada... seu rosto tem o sorriso mais doce... e ele toca seu violino caminhando descontraído pela multidão... senta em cima do piano e fecha os olhos sentindo um frissom... seus cabelos estão sempre amarrados, mas não gostam disso e aos poucos vão se rebelando... tudo isso enquanto mil imagens em mil tonalidades diferentes explodem em um show alucinante.

Então, ele estende a mão e convida uma jovem garotinha para acompanha-lo, senta-se ao seu lado e toca por um momento, como se ela fosse a única no mundo... mas o momento é breve e a música o envolve novamente, deixando tudo mais sem importância...

Ele movimenta os dedos, mexe o braço, ele bebe água, talvez preferisse um chá... ele deseja a próxima música, sorri, diz algumas palavras, pisca os olhos e espera sua deixa... e faz os corações dispararem como algo trivial.

O palco parece o altar de uma igreja, o santuário de onde ele abençoa os corações com o som da música... deixando as almas repletas de notas melódicas, repletas de uma alegria inebriante.

Como explicar alguém como DG? Como você encontra uma palavra que o traduza? Um violinista, um gênio, um talento, uma luz na escuridão, um roqueiro, um clássico, um rebelde, um bom garoto? É como decifrar a própria música. É como seguir o arco íris ou desejar manter uma onda sobre a areia, querer parar o vento ou manter um raio de luar sobre a mão!

Como explicar a música de DG - o turbilhão de um giro do dervixe - gentil e selvagem, enigmática e caprichosa, criativa, envolvente, generosa, uma luz que nos guia, um momento de verdade, uma sedução igual um chocolate!

Como explicar o amor que ele emana? Como entender o encanto que ele provoca, como não ficar fora de foco e entorpecido, sem nem mesmo saber onde estamos, diante da imprevisibilidade da próxima melodia?

Como não se sentir leve como uma pluma ou fervendo dentro do inferno diante deste feiticeiro que tira clássicos e rock de seu caldeirão, servindo-nos com a simples complexidade de um chá das cinco... como não ficar atônito ao entender que ele tem nas mãos o dom de curar qualquer tristeza, ainda que seja por alguns instantes que vão ficar para sempre na memória e alma de quem recebe tal dádiva?

Sem explicações... questão difícil! Tão difícil quanto dizer “auf wiedersehen” quando tudo termina, pois parece que mal começou e queremos muito mais... mas, também, é quando, afinal, percebemos que ele nos entregou sua alma traduzida em melodia!

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