DG é produto de uma cultura alemã tradicional e reservada, que gosta de manter certa distância dos outros. No Brasil abraçamos, beijamos e tocamos as pessoas quando as conhecemos e enquanto conversamos com elas; quando as cumprimentamos e nos despedimos; mesmo com quem não temos intimidade, pois, são hábitos culturais profundamente enraizados nos brasileiros.
Ora, o crescimento rápido do número de casos do corona vírus está deixando os brasileiros atordoados, exigindo distanciamento, recusa de uma mão estendida, não beijar e abraçar, permanecer isolados socialmente, trocar escritórios e empresas pelo home office, sair de casa apenas para o essencial como farmácia e supermercado.
Para um povo festeiro, alegre e afetuoso é muito difícil praticar esse distanciamento. Como não abraçar e beijar a mãe, o avô, o irmão adolescente, o bebê, a namorada, o parceiro, o amigo? Como lembrar o tempo todo: “não posso apertar sua mão, porque quero o melhor para você!” Como praticar o isolamento social?
Bem, só tem uma resposta: SENDO SOLIDÁRIO! Não pegando e nem transmitindo o vírus por qualquer tipo de contato pessoal. Só isso já é uma enorme ajuda para o bem comum.
Assim, neste tempos insanos, os criativos brasileiros já estão improvisando novos cumprimentos, como pequenos passos de dança, um toque no chapéu ou na cabeça, um aceno de cabeça, seguido de uma expressão como “e aí?”, o sinal de afirmativo com o polegar e um enorme sorriso, o famoso gesto de arma acompanhado de uma piscadela, um simples aceno com a mão espalmada, um toque dos pés, as mãos sobre o coração ou adotando o cumprimento japonês de saudação ou o namastê.
Brasileiro que é brasileiro não vai deixar de ser cordial, alegre, espirituoso, carinhoso, amável, especial e singular só porque não pode dar uns beijos e muitos abraços! E quando isto passar, voltaremos a esta prática que amamos tanto... estamos apenas guardando para distribuir mais adiante!
Imagem: Pinterest sem crédito
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