Professor João Marcondes
É um agrupamento musical típico da música clássica, embora tenha de alguma maneira sido apresentado no Barroco Tardio, que reúne dois violinos, uma viola e um violoncelo. (...)
Este agrupamento tornou-se ciclo contínuo nas obras dos principais compositores da música escrita – clássica ou erudita. Haydn, Mozart, Beethoven, Debussy, Villa-Lobos são alguns dos principais compositores que dedicaram obras ao quarteto de cordas.
Fato relevante é que nesta reunião habitualmente todos os instrumentos exercem função melódica, oscilando entre as camadas da obra musical – protagonista, antagonista e contínuo. Ou seja: quaisquer dos instrumentos poderá ter protagonismo momentâneo ou contínuo, no entanto o que se considera ideal para os processos criativos dessa reunião de instrumentos com viés romântico e contemporâneo é que todos sejam extremamente desenvolvidos passando por cada camada.
Em um viés clássico, homofônico, o primeiro violino é protagonista. Esse desenvolvimento típico pode se basear nas estratégias do contraponto, desenvolvidas desde o período renascentista na prática vocal, e que podem ser mais potencializadas quando tratamos de instrumentos de prática exclusivamente instrumental.
Joseph Haydn (1732-1809) criou o quarteto de cordas e não se sabe porque escolheu esta combinação de instrumentos, mas talvez seja porque seus timbres individuais refletem de perto as vozes de um coro. O uso inspirado e emocional destas cordas por Haydn modernizou uma tradição que Henry Purcell tinha desenvolvido um século antes com as fantasias de cordas para até seis vozes, executadas por violas e gamba.
Fonte/Imagem: https://souzalima.com.br/blog/o-que-e-quarteto-de-cordas/
Infográfico: Jean Forrer
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