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sexta-feira, 15 de março de 2019

Direção artística & Direção Executiva


“Os concertos de música são fenômenos culturais complexos, constituídos por uma mistura de música e negócios, de ritual e prazer, para os artistas e para o público”. Quando se fala em show, é muito importante destacar duas frentes de trabalho distintas ligadas à apresentação musical ao vivo:

a) a direção artística;

b) a produção executiva. A direção artística do show diz respeito aos elementos que aparecem no palco e estão visíveis para o público: música, repertório, arranjos, roteiro, músicos, figurino, cenário e iluminação.

A produção executiva refere-se ao trabalho por detrás do palco – os bastidores (técnicos, instrumentos, equipamentos, a logística operacional de montagem e desmontagem, refeições, traslado e acomodação de tudo e de todos):

O bastidor é uma área muito complexa, composta por diversos funcionários especializados. A quantidade de trabalhadores reflete o tamanho da turnê e a “importância” econômica dos artistas. São técnicos encarregados dos instrumentos e equipamentos (amplificadores, por exemplo), auxiliares de palco (que muitas vezes se desdobram como roadies), técnicos de som e de luz, seguranças e o produtor da turnê. O êxito exige a integração de todo esse pessoal em um cronograma rígido de trabalho, em que cada pessoa realiza sua tarefa como e quando requerido.

Nos bastidores também trabalham todos os fornecedores do promotor do evento musical (o contratante do artista), em atividades exercidas por pessoas físicas ou jurídicas: venda de ingressos, agências de publicidade e turismo, montagem de palco e outras estruturas de uso temporário, locação de equipamentos de sonorização e iluminação, bilheteria, recepção, alimentos e bebidas, banheiros químicos, segurança, bombeiros civis, jornalistas, contadores, engenheiros, advogados etc.

Fazendo uma analogia com o tamanho de um iceberg, cuja parte visível representa apenas 10% da sua área total, enquanto os 90% restantes estão submersos e invisíveis, no show business o trabalho no palco é a parte visível para o público, representando apenas 10% dos recursos envolvidos, enquanto o trabalho nos bastidores consome 90% desses recursos (tempo, energia e dinheiro)!”

Fonte: Música Ltda – O negócio da música para empreendedores/Leonardo Salazar

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