DG possui um tipo de memória musical extraordinária, que lhe permite tocar sem o auxílio de partituras, mas ainda existem ocasiões, principalmente de estudo e pratica, nas quais elas são necessárias.
Atualmente, um número crescente de músicos utiliza tablets e laptops em lugar de partituras em papel, especialmente agora que a mais recente geração de tablets oferece telas do mesmo tamanho que uma página padrão de partitura e, instrumentos de escrita virtual podem substituir o lápis e borracha.
Se, por exemplo durante um festival, um pianista for interpretar um quinteto que conhece bem em companhia de novos parceiros, ele pode salvar as marcações dos companheiros quanto à interpretação em um arquivo de formato conveniente, sem ter apagar suas dinâmicas e tempos pessoais. Um jovem músico profissional, correndo de uma palestra para outra, poderia acompanhar instruções, tradições e dicas técnicas múltiplas, e até mesmo conflitantes.
Assim como o advento do lápis produzido em massa, na segunda metade do século 19, coincidiu com profundas mudanças na maneira pela qual um músico se envolvia com um texto musical (...) a nova tecnologia digital (...) revela diversos desenvolvimentos. A estrutura tradicional de ensino, de cima para baixo, foi abalada. A linha que separa as esferas de influência do estudo acadêmico e da prática se tornou menos distinta. E mesmo a noção de um texto musical definitivo vem perdendo espaço rapidamente - e com ela o ideal de "perfeição na execução".
Hoje é possível ter toda uma biblioteca de música em um esguio tablet. Virar páginas se tornou um processo silencioso e elegante graças a um pedal com controle sem fio, não existe a preocupação de perder partituras ou com a deterioração do papel ao longo de uma turnê extensa. (...)
Fonte: New York Times/Corinna da Fonseca Wolleim
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/06/1784845-musicos-classicos-trocam-partituras-de-papel-por-tables-e-computadores.shtml
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