Nota!
TODOS os textos aqui publicados refletem apenas a imagem que a autora tem de David Garrett.
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sexta-feira, 30 de abril de 2021
Transformando-se em Música!
Ele veste calça preta, camisa branca, blazer preto, os pés calçados com meias brancas estão abrigados em coturnos pretos brilhosos estilo militar e o visual se completa com cordões pretos e prata nos pulsos, anel no dedo anular e indicador da mão direita, um grossa corrente de platina no pescoço. Os longos cabelos louros estão presos num coque baixo na nuca e a barba de três dias tem o brilho da seda. Os olhos cintilam e o sorriso é suave! Ele é todo pop!
A plateia está lotada. Ele entra pelo caminho da arena, surpreendendo o público que o espera sair da coxia para o palco. Ele ouve os acordes da banda, posiciona-se à frente dos seguranças e inicia a caminhada, violino aninhado entre o ombro e o queixo, tocando uma das músicas preferidas pelos fãs.
São muitos aplausos, muitos rostos ansiosos, dos dois lados de uma longa rampa que ele percorre calmamente... sentindo alguma coisa se agitar dentro dele, um calor ameno esquentar seu corpo e o frisson finalmente explodir, enquanto a música expande sua alma!
Quando chega ao palco ele já se transformou na própria música!
Imagem: Web sem crédito
P.S. O texto trata apenas da imagem de David Garrett para a autora.
#davidgarrett #musica #music #eusoumusica #entrenotas
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Parabéns Mestre Zubin Mehta, cidadão do mundo!
Tel Aviv, 5 de junho de 1967, o maestro que ensaiava a filarmônica de Israel ouviu soarem as sirenes que anunciavam o início da guerra, guardou sua batuta, correu para o aeroporto e pegou o primeiro avião. Naquela mesma hora, Zubin Mehta, em Viena, embarcava em um avião de carga da El Al; no dia seguinte, ensaiou a filarmônica no subsolo do auditório Mann e, à noite, ali regeu um concerto inesquecível.
Assim como se prontificou para reger a Filarmônica durante a Guerra dos Seis Dias, Zubin Mehta (29/4/1936) repetiu a façanha durante as guerras do Yom Kipur, esta com os solistas Isaac Stern e Daniel Barenboim, e do Golfo, em 1991, subindo ao pódio da orquestra enquanto Sadam Hussein despejava mísseis sobre Tel Aviv, mesmo tendo que cancelar compromissos assumidos em Nova York. O público assistiu ao concerto usando máscaras contra gás.
Mehta esteve pela primeira vez à frente da Filarmônica em 1961, quando tinha apenas 25 anos de idade e era estudante de música em Viena. Ele nasceu em Bombaim, atual Mumbai, de origem pársi, em 26 de abril de 1936.
O maestro considera a Orquestra Filarmônica de Israel como sua própria família. A par de raras exceções, ao longo dos 50 anos em foi o regente, ele mesmo escolheu todos os seus músicos, "que entendem cada gesto que eu faço, por mais sutil que seja". Zubin considera a regência como a forma mais consumada de comunicação entre seres humanos, porque maestro e orquestra se entendem à perfeição sem que uma só palavra seja pronunciada. No domínio da música erudita, a carreira de Zubin Mehta é impressionante.
O maestro Zubin Mehta, amigo e mentor de David, o conduziu quando DG ainda era um adolescente afirmando sobre o jovem iniciante: "Você precisa ter o som de um solista e o temperamento de um solista. Ele tem ambos."
Video: https://www.youtube.com/watch?v=CyvZXxyS6mI
Fonte: http://www.morasha.com.br/biografias/zubin-mehta-cidadao-do-mundo.html
Imagens sem crédito na web
#davidgarrett #zubinmehta #entrenotas
Berlin, Alles Paletti... O amarelinho pop!
A Oberbaumbrücke é uma ponte de piso duplo que cruza o Rio Spree, em Berlim, parte do anel interno da cidade, conecta os distritos de Kreuzberg e Friedrichshain através do Spree e está localizado entre Elsenbrücke e Schillingbrücke. É o marco do distrito de Friedrichshain-Kreuzberg.
Álbum de Fotos: "Há muito tempo atrás!" (DG)
Imagem David Garrett Twitter https://twitter.com/david_garrett/status/687008703384563715
#davidgarrett #mom #mother #ballet #entrenotas
Entrega, Intensidade, Emoção!
“A experiência do bailar é uma das mais antigas e encantadoras artes. Sozinho ou acompanhado, quem dança desenha com seu corpo uma narrativa – de entrega, intensidade e emoção!”
*
O Dia Internacional da Dança comemorado hoje, 29 de abril, foi instituído UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no ano de 1982.
A data marca o nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre (1727-1810). Ele ultrapassou os princípios gerais que norteavam a dança em seu tempo para enfrentar problemas relativos à execução da obra. Sua proposta era atribuir expressividade a dança por meio da pantomima, a simplificação na execução dos passos e a sutileza nos movimentos. Noverre se destaca na história por ter escrito um conjunto de cartas sobre o balé de sua época, “Letters sur la Danse”.
A data ainda é desconhecida para muita gente, pois começou a ser realmente lembrada em muitos países nos últimos anos. Cada vez mais, no entanto, artistas e profissionais da área reconhecem que é importante celebrar a data para, inclusive, dar maior visibilidade à dança, lembrar-se de sua importância e de suas demandas.
Os benefícios que a dança pode trazer ao ser humano são muitos: terapêuticos, culturais, sociais e educacionais, passando, claro, pelos benefícios relacionados à toda atividade física – força, equilíbrio, ritmo e postura. A dança, além dos benefícios citados, possibilita conhecer e compreender a diversidade das manifestações culturais, de diferentes povos, aproximando pessoas ao redor do mundo.
Dove-Marie Garrett, mãe de DG, é bailarina e várias vezes levou o filho ainda criança à escola de balé, ajudando a moldar o seu gosto pelas artes.
*Livro “Dançar é”, coletânea da editora DeGalpão Tuanny Prado
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Dan%C3%A7a
quarta-feira, 28 de abril de 2021
O mapa de uma orquestra!
Uma orquestra sinfônica/filarmônica é um grande grupo de músicos que tocam em conjunto vários instrumentos. Normalmente reúnem de 70 a cem instrumentos, podendo chegar a 200. Com tanta gente no palco, entre violinistas, trompetistas, harpistas, contrabaixistas, pianista, é importante que haja lógica e organização no modo como são dispostos os instrumentos
A orquestra evoluiu de forma gradual desde os agrupamentos das cortes no século 17. Os instrumentos foram aperfeiçoados e outros novos surgiram, até que por volta de 1830 ficou completa uma típica orquestra sinfônica/filarmônica.
A maior parte das configurações segue um padrão parecido, com pequenas diferenças na presença ou colocação de certas peças, mas o que todas fazem é agrupar de forma acusticamente compatível e estética, instrumentos do mesmo tipo segundo estas categorias:
Cordas: violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e harpa.
Madeiras: flautas, flautim, oboés, corne Inglês, clarinetas, clarone, fagote e contrafagote.
Metais: trompas, trompetes, trombones e tuba.
Percussão: os principais são os tímpanos, bumbo, caixa, xilofone, marimba, vibrafone, celesta e triângulo.
Os instrumentos mais sonoros são colocados atrás dos mais suaves de modo a produzir um bom equilíbrio no som produzido.
Qual a diferença entre sinfônica e filarmônica? Apenas a ordem administrativa; enquanto as filarmônicas são mantidas por filantropos e admiradores, as sinfônicas recebem subsídios de instituições da iniciativa privada ou governamental.
Fonte: Música para Crianças – Dorling Kindersley/Ed. Civilização - pág.52/53
Imagem DG web sem crédito
terça-feira, 27 de abril de 2021
"Espero voltar logo ao palco com meu Strad!" (DG)
Imagem: Mayk Azzato Photography Fonte: David Garrett Instagram |
Variações Goldberg: Tão encantadoras que foram adaptadas até para as cordas!
As Variações Goldberg, BWV 988, formam uma composição musical para cravo de Johann Sebastian Bach, publicada pela primeira vez em 1741, leva o nome de Johann Gottlieb Goldberg, que também pode ter sido o primeiro intérprete da obra.
A composição em si consiste em 30 variações, começando com uma única 'Aria'. Depois de transformar a música ao longo de uma hora, usando diferentes compassos, texturas e harmonias, a bela primeira ária retorna, com uma sensação completamente diferente da primeira audição. Uma vez que o ouvinte tenha ouvido a melodia transformada de maneiras quase incontáveis, a simplicidade da música original é nada menos que impressionante.
Por esse trabalho temos de agradecer ao ex-embaixador russo no tribunal eleitoral da Saxônia, conde Kaiserling, que muitas vezes parava em Leipzig e trazia consigo o mencionado Goldberg, para que recebesse instruções musicais de Bach. O conde ficava doente com frequência e passava noites sem dormir. Nessas horas, Goldberg, que morava em sua casa, tinha que pernoitar em uma antecâmara para tocar para ele durante sua insônia.
Certa vez, o conde mencionou na presença de Bach que gostaria de uma peça para Goldberg tocar, que deveria ter um caráter suave e um tanto animado para que ele pudesse animar-se um pouco com elas em suas noites sem dormir.
Bach se considerava mais capaz de realizar esse desejo por meio das Variações, cuja escrita ele havia considerado até então uma tarefa ingrata por causa da base harmônica repetidamente semelhante. Mas, como nessa época todas as suas obras já eram modelos de arte, essas variações também ficaram sob seu controle. No entanto, ele produziu apenas uma única obra desse tipo.
Depois disso, o conde sempre as chamou de suas variações. Ele nunca se cansava delas, e por muito tempo as noites sem dormir significavam: 'Querido Goldberg, toque uma de minhas variações.'
Bach talvez nunca tenha sido tão recompensado por uma de suas obras como por esta. O conde o presenteou com uma taça de ouro cheia de 100 luíses-d'or. No entanto, mesmo que o presente fosse mil vezes maior, seu valor artístico ainda não teria sido pago.
As variações Goldberg são tão encantadoras, que embora a obra original tenha sido claramente destinada pelo compositor para ‘um cravo de dois manuais’ (indicação rara na época) são largamente executadas com excelência em pianos, existindo inclusive adaptações para as cordas.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Goldberg_Variations#Transcribed_and_popularized_versions
https://www.casadamusica.com/pt/artistas-e-obras/obras/v/variacoes-goldberg-bwv-988-j-s-bach/?lang=pt#tab=0
Imagem sem crédito na web
#davidgarrett #variaçõesgoldberg #entrenotas #goldbergvariations #bach
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Protagonista no céu: Super Lua Rosa!
Dizem que nas noites de super lua os sentimentos são profundos, verdades são reveladas, o desejo de se comprometer com os outros é forte e a necessidade de mudar para melhor é essencial para o crescimento pessoal.
Hoje vivemos a primeira super lua de 2020, chamada de Rosa porque o hemisfério norte recebe a Primavera. A próxima será dia 26/5.
Ah.. dizem também que para os virginianos esta super lua Rosa está iluminando sua tenacidade e poder interior, mostrando que sua força é ilimitada.
Descalços estamos em paz!
DG já fotografou seus pés descalços inúmeras vezes, nas mais variadas situações, do lazer à intimidade de sua casa, passando também pelo trabalho!
Ora... dizem que a a alma está na planta dos pés e anseia sem cessar por luz, ar e auto-expressão. Pessoas que andam descalças, como opção são chamadas descalcistas e são homens e mulheres responsáveis em muitos estratos sociais!
Os pés descalços são silenciosos, não escorregam, marcam ou danificam as superfícies de contato e podem ser muito contraditórios, pois, aparentam ser despreocupados, confortáveis, divertidos, expressivos, delicados, limpos, graciosos, saudáveis, humanos, sensíveis, impulsivos, naturais, práticos, sensuais, desinibidos... mas, também, perigosos, desrespeitosos, embaraçosos, descorteses, impróprios, irreverentes, irresponsáveis, vergonhosos desleixados, incivilizados, desconfortáveis, não convencionais, insalubres, vulneráveis.
Os pés descalços são vistos em várias situações como aquelas que mostram: confiança, liberdade, independência, inocência, simplicidade, juventude... ou atraso, descuido, desespero, pobreza, humildade. Ufa... haja...
A preferência por andar descalço não pode ser negativamente associada ao carácter de uma pessoa, visão do mundo ou estilo de vida. Nem à honestidade, inteligência, religião, opiniões políticas ou "status" socio-económico. Andar descalço em público, num local de trabalho aberto ao público (incluindo restaurantes), não é contra qualquer regulamento em qualquer Estado e não é um fenômeno novo.
De fato, descalços, estamos quase sempre em paz, somos gentis e tolerantes com o nosso próximo, o "stress" e a ansiedade evaporam-se e a própria tristeza parece suportável desde que os pés estejam livres!
Fonte: Filosofia Natural
Imagem: Nadine Rupp
domingo, 25 de abril de 2021
Não agora!
DG: No trabalho, 95% do tempo tenho pessoas que conduzem o projeto e me apoiam. Claro, em algum momento você percebe quando você sai, a situação é diferente. No começo eram autógrafos, depois vieram os celulares. Hoje em dia ninguém quer mais um autógrafo, quer uma selfie. É muito estranho. Às vezes eu digo: Escute, estou jantando ou estou de moletom. Eu ficaria feliz em escrever um autógrafo para você. Mas, então, sempre dizem não. Aí eu penso: Ufa, mas isso também é um ponto de vista. A foto agora se tornou uma prova de que alguém foi visto. Isso faz parte. Tem situações em que prefiro fazer e outras em que penso: Não tem que ser agora!
Fonte: Erfolg Magazin/Julien Backhaus – abril/2020
Imagem: Ronny Barthel
https://erfolg-magazin.de/david-garrett-hol-alles-aus-dir-raus-fuer-dich/?fbclid=IwAR3mCnsLX3cTuYNW5R4RLbhOKi26JvyqSZ2LE4wbirwoI5Xd3TYXNlvVvuM
sábado, 24 de abril de 2021
Berlin, Alles Palleti... Aeroporto Tegel!
Fechado em 2020 depois de inúmeros serviços prestados e um ciclo de vida bem sucedido, este aeroporto especial certamente ficará nas lembranças de DG e muitas outras pessoas!
Imagem: DPA/Berlin.DE
A Ponte Aérea de Berlim!
DG está sempre numa "ponte aérea", de aeroporto em aeroporto, deve ter milhares de horas de voo, mas acabou de perder seu aeroporto preferido, Tegel, que fez parte de uma história incrível, veja só....
Resumo texto de Goytá
Em seus pouco mais de 100 anos de história, a aviação já teve muitos momentos heroicos, mas provavelmente nenhum se compara à ponte aérea que manteve vivo o setor ocidental de Berlim durante mais de dez meses.
O Bloqueio de Berlim (24/6/1948 – 12/5/1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria, desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário, rodoviário e hidroviário à cidade de Berlim Ocidental. Seu objetivo era forçar as potências ocidentais a sair e perder o controle sobre parte da cidade, uma vez que Berlim, embora dividida, ficava inteiramente na zona soviética.
Como não houve tratado prévio entre as partes vencedoras da guerra, todos os caminhos terrestres foram boqueados, a única saída eram as rotas aéreas, que haviam sido acordadas. Assim, em resposta, os aliados ocidentais organizaram a “Ponte Aérea de Berlim” para transportar suprimentos para as pessoas da parte Ocidental. A Força Aérea dos Estados Unidos e os britânicos da Força Aérea Real fizeram mais de 270 mil voos em menos de um ano, com até 4700 toneladas diárias de suprimentos, como combustível e comida para os berlinenses.
A tarefa não era pouca coisa. Os cálculos indicavam que teriam que ser transportadas mais de 1500 toneladas de alimentos por dia para a cidade, mais 3500 toneladas de carvão, gasolina e outros combustíveis para os veículos e para a geração de eletricidade – isso no verão, porque no inverno ainda haveria a necessidade de aquecimento.
O avião disponível na ocasião – o americano Douglas C-47 (versão militar do DC-3) – levava apenas 3,5 toneladas por voo. Na prática, isso queria dizer que seriam necessários mais de mil voos por dia – uma loucura! Mas foi feita, com os americanos logo despachando para a Alemanha toda a sua frota de C-54, um avião maior, derivado do DC-4, e os ingleses reforçando a frota da RAF com aviões australianos, canadenses, neozelandeses e sul-africanos (na época, todos esses países eram domínios britânicos e portanto não violavam os tratados do pós-guerra).
Em uma semana, a ponte aérea já estava operacional, levando suprimentos para os aeroportos Tempelhof e Gatow. Depois de um mês, ficou claro que a situação se estenderia por muito tempo e a operação foi reorganizada. Os C-47 logo foram completamente substituídos pelos C-54 e pelos britânicos Avro York, que além de levarem mais carga (10 toneladas), eram descarregados mais rapidamente. Os pousos e decolagens sucediam-se a intervalos de apenas três minutos e com meros 500 pés (152 metros) de separação!
E, até no meio de uma operação séria e pesada dessas há momentos de ternura: os pilotos americanos começaram a jogar balas e chocolates amarrados em míni-paraquedas feito com um lenço, para crianças que se aglomeravam em pontos da aproximação do aeroporto Tempelhof; seus aviões eram chamados de “Rosinenbomber” (bombardeiros de passas). Muitos berlinenses idosos hoje têm lembranças literalmente doces disso.
No final de agosto de 1948, a ponte aérea já estava levando 5000 toneladas em cerca de 1500 voos por dia, mas o inverno se aproximava e a necessidade de carvão para o aquecimento dobraria essa necessidade. Os franceses, que não podiam ajudar com aviões, construíram um terceiro aeroporto em Tegel, seu setor de Berlim. A pista de 2400m foi concluída em apenas 90 dias, com mão-de-obra principalmente feminina trabalhando dia e noite.
Novembro e dezembro de 1948 foram difíceis por causa do mau tempo constante, que diminuiu muito as possibilidades de voo, mas a cidade resistiu e a partir de janeiro o tempo melhorou, enquanto a eficiência da ponte aérea só aumentava. Ficou claro para os soviéticos que a ponte aérea era um sucesso e poderia continuar indefinidamente. Em 12 de maio de 1949, o bloqueio finalmente foi suspenso, embora os voos continuassem por mais um tempo para garantir fartas reservas à cidade, numa política que foi mantida até a reunificação, 41 anos depois.
Foram realizados 277.278 voos e transportadas 2.326.205 de toneladas de gêneros básicos. Foi um episódio heroico da aviação, cujos acidentes custaram a vida de 78 pessoas (31 americanos, 39 ingleses e oito alemães).
Nunca se viu nada parecido, nem antes, nem depois!
Fonte: Aviões e Música/2012
http://www.avioesemusicas.com/um-episodio-heroico-da-aviacao-a-ponte-aerea-de-berlim.html
http://www.avioesemusicas.com/author/goyta
https://simplesmenteberlim.com/berlin-blockade-und-die-luftbrucke-bloqueio-de-berlim-e-a-ponte-aerea-de-berlim/
Imagens:
https://www.dw.com/pt-br/1948-corredor-a%C3%A9reo-abastece-berlim-ocidental/a-3439525
https://simplesmenteberlim.com/wp-content/uploads/2019/01/BloqueioDeBerlim_PonteAerea.jpg
#davidgarrett #ponteaereaberlim #entrenotas #bloqueioberlim #guerrafria #aviaçao #heroismo
sexta-feira, 23 de abril de 2021
Livros dão vida a tudo!
Instituido pela Unesco, hoje é comemorado o dia Mundial do Livro, um dia legal para lembrar que a World Digital Library é uma biblioteca digital projetada pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e pela UNESCO em parceria com mais 31 outras instituições de vários países.
A biblioteca disponibiliza tesouros culturais de todo o mundo em um único lugar, em diversas formas. Dentre elas manuscritos, filmes gravuras, fotografias, livros raros, desenhos arquitetônicos, etc. Podem ser facilmente pesquisados por lugar, período, tema, tipo de item e instituição contribuinte, ou podem ser localizados por uma pesquisa aberta, em vários idiomas.
E... claro, tem tudo sobre Música! Uma mina de ouro!
Siga o link:
PT: https://www.wdl.org/pt/
EN: https://www.wdl.org/en/
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/World_Digital_Library
Imagem livro sem crédito na web
Imagem DG: Frame "Quiz ohne Grenzen"
Parabéns John Miles!
“A música foi o meu primeiro amor e vai ser meu último! Música do futuro e música do passado. Viver sem a minha música seria impossível, porque neste mundo de problemas, minha música me faz seguir! (John Miles)
“Music” de John Miles não poderia faltar no repertório crossover oficial de DG. Além de ter uma melodia belíssima, sua letra se encaixa perfeitamente com a pessoa e o músico David Garret!
John Miles é vocalista, compositor, guitarrista e tecladista britânico. Miles assinou um contrato de gravação com a gravadora Decca UK em 1975 e lançou quatro álbuns Rebel (1976), Stranger in the City (1977), Zaragon (1978) e More Miles Per Hour (1979). No entanto, Miles teve o maior sucesso com singles e lançou um total de dezoito durante esta era. Além de "Music", ele também fez sucesso com "Highfly" (1975), "Remember Yesterday" (1976) e "Slow Down" (1977). A maioria de suas canções foram co-escritas com o baixista de seu grupo de apoio, Bob Marshall. Miles também fez parcerias históricas com Tina Turner, Jimmy Page, Cocker, Alan Parsons Project, Eric Woolfson, Pur Band (cantando em alemão).
Desde 1985, Miles participa quase todos os anos da Night of the Proms, uma série de concertos realizados anualmente na Bélgica, Holanda, Alemanha, Luxemburgo, Polônia, Dinamarca e Estados Unidos. Regularmente também acontecem shows na Espanha, França, Áustria, Suíça e Suécia. Os concertos consistem em uma combinação de música pop e música clássica popular (muitas vezes combinadas) e vários músicos e grupos conhecidos costumam participar.
Em 2020 para "Night of the Proms", Miles gravou, em regime de quarentena, com a Orquestra Filarmônica de Antuérpia, o hino desse popular evento musical "Music". A canção do álbum "Rebel" de Miles, de 1976, chegou à lista das 10 mais tocadas em países incluindo Alemanha, Holanda e Reino Unido e tem sido apresentada regularmente no "Night of the Proms" desde a primeira edição do evento de inverno em 1985.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Miles_(m%C3%BAsico)
Imagem John Miles:
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Miles_(m%C3%BAsico)#/media/Ficheiro:John_Miles_FFM13_001.jpg
Imagem DG: EntreNotas/Unlimited/QM2 – out/2019
quinta-feira, 22 de abril de 2021
Berlim "Alles Paletti"... Próximo U Hallesches Tor.
Imagem: jermaine_030mm Instagram
https://www.instagram.com/p/CL2Ca9uCHDZ/
https://www.instagram.com/explore/tags/jermaine_030mm/
A Terra é uma nota azul na Sinfonia do Universo!
Sons espetaculares e silêncios negros impenetráveis combinam-se formando o Universo, uma sinfonia, com notas furiosas, suaves e singulares, às vezes harmoniosas, às vezes desafinadas. Nossa galáxia é uma frase musical, nosso planeta apenas uma nota, mas como todas as outras notas é indispensável para a formação da sinfonia universal! O Dia Mundial do Planeta Terra é comemorado hoje. A data representa a luta em defesa do meio ambiente, promovendo a reflexão sobre a importância do planeta e o desenvolvimento de uma consciência ambiental.
Lute pelo único lar que você tem neste universo!
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Terra
Imagem Europa: Nasa
https://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=8603
Imagem DG: Frame DasErste
Yehude Menuhim - Em exemplar cidadão do mundo!
"A música cria ordem a partir do caos: pois o ritmo impõe unanimidade aos divergentes, a melodia impõe continuidade aos desarticulados e a harmonia impõe compatibilidade aos incongruentes." (Yehude Menuhin - 22/4/16-12/3/1999)
“De Yehudi Menuhin se dirá ter sido um cidadão do mundo; um exemplar cidadão do mundo, aqui se acrescenta sem reserva. Porque a longa atividade do violinista e maestro não se reduziu à música (o que já não seria pouco) mas também a ações de carater humanista, traduzidas na fundação que ostenta o seu nome e que procura, em 11 países dar voz aos que não têm voz. O pressuposto assenta que nem uma luva na raiz essencial do seu pensamento, segundo o qual a música é inerente ao ser humano, numa espécie de luz que ilumina a sua vida e a dos outros.” (Reinaldo Serrano)
DG teve o privilégio de conhecer e trabalhar em sua adolescência com Yehudi Menuhin, Barão Menuhin de Stoke d'Abernon, um músico e mestre que teve uma vida intensa, nobre, e devidamente reconhecida pelos seus pares, pela crítica e pelo público.
Fontes: https://expresso.pt/cultura/2016-04-30-Eu-violino
https://4c3r4mt4bkupqtyni3cbtsatri-ac4c6men2g7xr2a-citacoes-in.translate.goog/autores/yehudi-menuhin/
Imagem Menuhim: https://simple.wikipedia.org/wiki/Yehudi_Menuhin
Imagem DG: promocional
quarta-feira, 21 de abril de 2021
O acesso popular às "Teorias de Tudo"!
No que diz respeito às primeiras impressões, nenhuma outra figura histórica se assemelha ao inventor da impressora de tipos móveis mecânicos: o artesão alemão Johannes Gutenberg. Essa tecnologia revolucionária tornou o conhecimento encontrado em livros acessível ao cidadão comum pela primeira vez na história.
Johannes Gutenberg nasceu em Mogúncia, Alemanha, talvez em 1396. Poucos anos após seu nascimento sua família mudou-se para Estrasburgo. Em 1434 já era conhecido como um homem de grande habilidade mecânica, proprietário de uma oficina onde ensinava vários ofícios, entre eles o de talhador de pedra, cortador e polidor de espelhos, ourives etc.
Em 1438, Gutemberg associou-se com Andreas Dritzehene para a construção de um misterioso invento, uma associação que lhe rendeu enorme dor de cabeça.
Os livros impressos com sua invenção disseminaram o hábito de ler e escrever e deixaram a cultura ao alcance das novas classes sociais. Como a vida de Johannes Gutenberg passou quase sem registro, a data da invenção da prensa tipográfica é igualmente incerta, mas permaneceu inalterada até o século XX.
Graças a Gutenberg, hoje temos fácil acesso às “teorias de tudo”, ao conhecimento, educação, cultura, música, através de todo tipo de impressos, incluindo as pautas das melodias que DG toca em seu violino!
Fontes: https://www.ebiografia.com/johannes_gutenberg/
https://super.abril.com.br/historia/gutenberg-primeiras-impressoes/#:~:text=Empobrecido%2C%20Gutenberg%20se%20ocupava%20da,livro%20era%20um%20trabalho%20fenomenal
Imagem Gutenberg: https://www.viagemalemanha.com/gutenberg-inventor-prensa-europa-livros/
terça-feira, 20 de abril de 2021
Berlim, "Alles Paletti"... tudo dourado...
Imagem: qaisalamdar Instagram
https://www.instagram.com/p/CLrxvHPFsaP/
https://www.instagram.com/qaisalamdar
Para uma conversa real é preciso estar preparado!
DG: Não musicalmente, mas sim na vida social. Todo mundo precisa de um pouco de coragem na vida social. Muita comunicação acontece em uma base pessoal. Você escreve e usa o whatsapp para se comunicar com as pessoas. Mas para realmente entrar em uma conversa, às vezes eu preciso me acostumar a viver o contato social real que eu - graças a Deus - vivia quando era criança. Musicalmente não preciso de coragem, mas preciso de respeito pelas coisas que faço. Não tenho medo do contato, mas me preparo bem.
Imagem: Ronny Barthel
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Berlim, "Alles Paletti"... as luzes da cidade!
Imagem: naro.berlino Instagram
https://www.instagram.com/p/CCEdBK_HWz-/
https://www.instagram.com/naro.berlino/
As poderosas marcas de Violinos!
“Uma marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho, ou uma combinação dos mesmos, que identifica bens e serviços de um produtor ou grupo de produtores e os diferencia dos concorrentes. Um nome de marca é aquela parte da marca que pode ser pronunciada ou pronunciável.” (Philip Kotler)
As primeiras marcas que se têm conhecimento na história nasceram da necessidade de gravar a origem dos produtos. A partir da Idade Média, ficou mais claro que o uso de marcas para os produtos estava cada vez mais indicando um sistema de controle de quantidade e de produção, dando um certo “sentido prático” para as primeiras trademarks (marcas de comércio). Utilizar o próprio nome como marca é uma prática antiga e difundida até hoje.
Quando falamos de violinos, as marcas mais respeitadas são, sem dúvida, as dos luthiers dos séculos 16/17/18. Da genialidade daqueles artesãos nasceram os mais perfeitos instrumentos de corda de todos os tempos. Amati, Stradivarius ou Del Gesù são marcas tão fortes, que transformaram-se em designação de violino – uma figura de linguagem que substitui o nome de um objeto por uma característica que ele possui, neste caso, o nome de sua marca.
Para realmente entender a influência da marca na questão dos violinos antigos é preciso perceber que a marca transmite muito mais do que os atributos físicos do produto. A marca permite que se atribua a responsabilidade, qualidade e varias outras características ao fabricante. A marca é a identidade de um produto altamente diferenciado, transmite os valores da sua produção, sua confiabilidade, possui a capacidade de satisfazer a necessidades do mais exigente instrumentista, vale não só pelo que representa, mas pelo que de fato entrega.
A marca desses instrumentos antigos é tão poderosa, que mesmo estando cientificamente comprovado que certas marcas atuais entregam a mesma excelência, estas não conseguem ter o mesmo prestígio, afinal é quase impossível competir com instrumentos que tem um senso de história intrínseco, que foram utilizados por incontáveis solistas virtuosos e ainda adicionam um sentimento desafiador, instigando seu atual guardião a tocar como nunca antes!
Fonte: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R2467-1.pdf
https://incomum.in/blog/importancia-da-marca-para-uma-empresa#:~:text=A%20marca%20%C3%A9%20respons%C3%A1vel%20pela,fornece%20uma%20identidade%20ao%20neg%C3%B3cio.
Imagem Stradivari: https://www.elespanol.com/social/20190124/silencio-ciudad-vive-sin-ruidos-salvar-musica/370964226_0.html
Imagem Del Gesù: http://www.coppiardi.com/gallery/peg-cast/14397876
Imagem Amati: https://d3h6k4kfl8m9p0.cloudfront.net/stories/WBcTs0IKF3xPyvsFrdfLwA.jpg
#davidgarrett #marca #violin #delgesu #stradivari #amati #entrenotas
domingo, 18 de abril de 2021
Os contratempos...
...fazem parte da vida, caso contrário, nada poderia ser melhorado. Seria muito chato se tudo corresse perfeitamente?!” (DG)
Guarneri Del Gesù
Claro, que DG tem em suas mãos um “Del Gesù” (1728), afinal, um dos músicos mais virtuosos da atualidade, precisa ter apoiado em seu ombro um instrumento extraordinário.
Havia cinco Guarneri’s que trabalhavam instrumentos de corda. O patriarca Andrea Guarneri (1626 - 1698) trabalhou como aprendiz de Antonio Stradivari na oficina Amati. Dois dos filhos de Andrea e dois de seus netos também se tornaram luthiers. O mais conhecido deles é seu neto Bartolomeo Giuseppe Guarneri (1698-1744), também conhecido como Joseph Guarnerius del Gesù.
A família Guarneri, como os Amati e Stradivari, tinha sua base em Cremona. Eles foram os únicos de três famílias a se ramificar para outras cidades. Não há registro preciso do número total de violinos, violas e violoncelos criados pela família Guarneri. Violinos foram sua produção primária, estimando-se que cada um produziu pelo menos cerca de 250 violinos. Hoje, existem cerca de 120 violinos Guarnerius del Gesù.
Acredita-se que existam de seis a sete violas Guarneri restantes.
Enquanto os outros Guarneri, luthiers talentosos que foram, trabalhavam no estilo Amati ou Stradivari, Giuseppe rompeu com suas tradições. O seu tempo relativamente curto como luthier (cerca de 24 anos) foi marcado pela experimentação no desenho e construção dos seus violinos.
Os Guarneris foram considerados uma casa menor de luthiers durante sua vida. Enquanto casas nobres compravam violinos Stradivari e Amati, o violinista mais humilde e trabalhador preferia os Guarneri. Ironicamente, pode ser precisamente porque os instrumentos Guarneri eram acessíveis que a reputação da família encontraria destaque no futuro.
A família ficou mais conhecida cem anos após seu apogeu, quando Paganini começou a tocar seu famoso violino Il Cannone de Gesù. Paganini adquiriu o Guarneri porque perdeu seu violino Amati para quitar uma dívida de jogo. O Guarneri foi emprestado a ele por um violinista amador. Il Cannone foi doado a Gênova em 1851. Quase não tocado por décadas, foi emprestado a violinistas famosos no início do século XX. Agora, é tocado em um show uma vez por ano pelo vencedor do concurso Paganini.
Enquanto "Stradivarius" tem um nome popular, os instrumentos de Guarneri del Gesù valem mais dinheiro. Os violinos Guarneri del Gesù ocupam três posições na lista dos "Cinco violinos mais caros já vendidos"(Kochanski del Gesù - $10 milhões - Carrodus Guarneri - $10 milhões - The Vieuxtemps Guarneri - $16 milhões). Além disso, os violinos Guarneri del Gesù, incluindo os mais valiosos, continuam a ser usados em apresentações públicas.
Fontes:https://www.connollymusic.com/stringovation/11-facts-you-should-know-about-the-guarneri-family
https://en.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Guarneri#cite_note-13
P.S. Cozio a maior referência mundial para compradores, vendedores e conhecedores de instrumentos de corda finos e arcos, lista quatro instrumentos Del Gesù de 1928:
• Robberechts (Robrecht), 1728, Cozio 44054
• Corti, Tolstopiatow, Lvoff, c. 1728, Cozio 42441
• Kubelik, von Vecsey, c. 1728, Cozio 71858
• 'Lady Stretton', 1728-29, Cozio 40126
• Imagem: EntreNotas/Unlimited/QM2 – out/2019
#davidgarrett #guarneridelgesu #delgesu #entrenotas #violin #violino
sábado, 17 de abril de 2021
Refletindo com as estrelas!
“Frequentemente sento à noite e olho para as estrelas cadentes, deixando meus pensamentos vagarem. Isso é meio louco, olhar para cima e perceber como é incrivelmente vasto! Entretanto o que nos rodeia aqui na terra é que às vezes parece tão distante. Uma dessas noites foi clara para mim: a vida não acaba, ela simplesmente se transforma. E mesmo que eu nunca pudesse estar no palco novamente, continuaria de alguma forma. Então, um olhar lá em cima coloca tudo na perspectiva correta, até mesmo uma hérnia de disco.” (DG)
P.S. Em dezembro/2017 DG enfrentou uma crise de hérnia de disco que o deixou fora dos palcos até setembro/2018.
Fonte: Frankfurter Rundschau/Boris Halva - 15/set/2018
Imagem original: David Garrett FB
sexta-feira, 16 de abril de 2021
Messias: O polêmico prisioneiro do silêncio!
O “Messias” de Antonio Stradivari, feito em 1716, é ao mesmo tempo o mais bem preservado de todos os seus instrumentos existentes e um exemplo do auge de seu “Período de Ouro”. Devido à sua condição de novo, foi doado ao Museu Ashmolean/Oxford em 1940 pela empresa de WE Hill & Sons com a condição expressa de nunca ser tocado e com restrições estritas de acesso, o que significa que mesmo a maioria dos especialistas e fabricantes de violino não terá a chance de segurá-lo em suas mãos e estudá-lo significativamente fora de sua caixa de vidro, o que lhe retira a utilidade e apenas lhe confere um destaque especial, brilhando em vermelho e contrastando perturbadoramente com os instrumentos levemente desgastados e desbotados, na sala onde está exposto.
Mas, além disso, o Messias tem sido há séculos um instrumento polêmico. Desde que a notícia da existência desse violino chegou aos negociantes parisienses na década de 1820, sua existência e autenticidade sempre estiveram envoltas em ceticismo, culminando em um grande abalo em 1998, quando um especialista americano testou a origem, proveniência, artesanato e documentação do instrumento, ocorrendo, então, o inesperado: os testes de carbono mostraram, que a madeira só havia sido derrubada após a morte de Stradivari e que o violino não poderia, portanto, ter sido obra do mestre artesão. Isso foi uma sensação internacional que gerou um escândalo, posteriormente foi corrigido, mas deixando marcas.
Ao longo dos últimos dois séculos, entretanto, essa controvérsia tem sido cheia nuances, como um bom trilher, envolvendo muitas acusações, teóricos da conspiração, máfia de comerciantes, conluios desonestos, falsificadores, especialistas, relatórios e estudos, tudo para o bem e para ao mal, em uma competição acirrada.
Assim, até agora, através dos mais modernos métodos de investigação que existem, três vertentes separadas de ciência forense que foram capazes de fornecer evidências de apoio independente para a autenticidade do Messias como 1) É um violino de fabricação cremonesa clássica; 2) feito usando a mesma fonte de madeira precisa usada por Stradivari em torno do ano 1716; 3) feito em seu ateliê utilizando técnicas que lhe são familiares e utilizando moldes de Antonio Stradivari que ainda subsistem no Museo del Violino. Isso tem a equivalência de encontrar a evidência de impressão digital, evidência de DNA, ou seja, a impressão da bota enlameada na cena do crime e a bota que corresponde a ela.
Mas, muitas perguntas persistem, como esta, por exemplo: Quem fez esse instrumento na oficina Stradivari? Especula-se foi a mão do jovem Giovanni Baptista Martino Stradivari, na grande esperança de suceder seu pai, em uma oficina que incluía mais outros três filhos.
Enfim, a controvérsia vai morrer? Provavelmente não. Sua preservação em condições quase perfeitas é uma contradição absurda para os violinos que estamos acostumados a ver, mas essas são as mesmas razões pelas quais o comércio de Paris de 1820 estava pasmo com a possibilidade tentadora de que pudesse existir. Entender o Messias é uma jornada essencial para qualquer fabricante de violino que busca compreender Stradivari no seu melhor e mais puro, mas isso tem que começar com descrença e incredulidade, o que significa que gerações de futuros fabricantes de violino nunca deixarão de questioná-lo quando o abordarem pela primeira vez. Delphin Alard pode tê-lo nomeado porque “sempre se espera por ele, mas ele nunca aparece”, mas no século 21, entretanto, Messias é um nome ainda mais apropriado por causa da prova de fé que exige.
Fontes: https://violinsandviolinists.com/2017/12/22/stradivaris-fabled-messiah-three-centuries-on-the-most-controversial-violin-in-history/
https://www.natashakorsakova.com/messias-die-geschichte-der-beruehmtesten-geige-der-welt/?lang=en
https://www.forbes.com/2001/01/10/0110connguide.html?sh=1a2198e93269
https://tarisio.com/cozio-archive/property/?ID=40111
Imagem Messias:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Messiah_Stradivarius.jpg
Imagem DG: Sem crédito na web
#davidgarrett #polemica #messias #stradivarius #prisioneirodosilencio #entrenotas
quinta-feira, 15 de abril de 2021
Feliz Aniversário Lena Palm!
"Wadadee Cares" é o lema de vida de Lena Palm e o nome da associação que ela fundou em 2015 para ajudar crianças pobres na Namíbia, onde construiu um orfanato e uma pré-escola e agora quer construir uma cozinha comunitária.
DG esteve ano passado em Katura/Namíbia, buscando maior visibilidade para o projeto e as crianças.
Imagem: David Garrett Instagram Stories
Um Músico chamado Leonardo da Vinci!
Consta que Leonardo da Vinci, que aniversaria hoje (15/4/1452 – 2/5/1519), executava peças na lira e no alaúde, que cantava e realizava algumas improvisações, contudo, nunca se encontrou registros de composições suas. Acredita-se que Da Vinci tenha aprendido música “de ouvido”, movido pelo seu grande interesse e curiosidade, praticando sozinho ou na companhia de amigos músicos, sem professor conhecido.
Seu envolvimento com a música, entretanto, não se restringia em tocar perfeitamente a lira e o alaúde e cantar descompromissadamente. Da Vinci escreveu sérios e relevantes ensaios e reflexões sobre música, além de projetar e construir protótipos de instrumentos musicais, o que deixa claro que possuía bom conhecimento musical. Sabe-se que entre seus livros preferidos estava “A arte da música”, um completo tratado escrito em 1035 por Guido d’Arezzo, um beneditino erudito muito famoso como teórico musical.
Em 1489 um espetáculo chamado “Paraíso” foi dirigido e encenado por da Vinci. Esta deslumbrante obra, colocada em cena com a arte e a genialidade de Leonardo, pode ser considerada, mesmo um século antes de “Orfeu” de Monteverdi, como a primeira ópera moderna. O trabalho de Leonardo como cenógrafo, é precursor das grandes montagens que imaginaria séculos mais tarde Richard Wagner. Como era um maravilhoso inventor e detentor de grande elegância, sobretudo nas diversões de teatro e como cantava admiravelmente acompanhado de sua lira, agradava todos os príncipes.
Sua imersão musical se deu também como hábil construtor de instrumentos, alguns dos quais usava para acompanhar seus poemas e composições, uma vez que ele era também escritor, tanto de poemas quanto de contos e aforismos.
Há cinco séculos Leonardo projetou um instrumento que une características do cravo, órgão e viola de gambá. Parece um piano de cauda, mas na verdade, as 61 cordas, ao invés de serem tocadas por martelos, são estimuladas por quatro rodas giratórias revestidas de crina de cavalo de forma semelhante aos arcos usados para tocar violino e violoncelos.
Leonardo da Vinci estendeu suas contribuições da arte até a ciência e a filosofia, alcançando o status daquilo que hoje denominamos "homem universal renascentista". Um verdadeiro gênio!
Fonte: Revista Esfinge
https://www.revistaesfinge.com.br/2018/08/26/um-musico-chamado-leonardo-da-vinci/
https://www.hypeness.com.br/2013/12/depois-de-500-anos-instrumento-musical-projetado-por-leonardo-da-vinci-sai-do-papel/
Imagem Da Vinci: https://sites.google.com/site/monalisaarteaula/leonardo-da-vinci
Imagem DG:Frame programa TV
quarta-feira, 14 de abril de 2021
Prisioneiro do Silêncio!
Raramente tocado, este violino produzido por Stradivari, permaneceu em sua loja até que ele morreu em 1737 e provavelmente por isso está em perfeitas condições. O “Messias” foi feito quando o mestre luthier estava no auge de seu talento, confeccionando instrumentos que nunca foram superados. No entanto, o pequeno violino deve sua grande fama, não aos sons que produz, mas à espantosa condição em que sobrevive: silencioso e intocado em prisões de vidro!
O violino deve sua condição ao fato de sempre ter sido peça de colecionador. Provavelmente foi comprado inicialmente por um colecionador, Cozio di Salabue, de um dos filhos de Stradivari. Na década de 1820, Salabue vendeu-o a Luigi Tarisio, um negociante e colecionador do Piemonte. Em 1855 foi comprada por Jean-Baptiste Vuillaume, também fabricante e comerciante de violinos (DG possui dois violino dele), que o manteve em um estojo de vidro. Em 1940 foi comprado pela firma WE Hills and Sons e exposto no Museu Ashmolean, em Oxford, na condição expressa de nunca ser tocado e com restrições rígidas de acesso, o que significa que mesmo a maioria dos especialistas e fabricantes de violinos não terá a chance de segurá-lo em suas mãos e estudá-lo significativamente fora de sua prisão de vidro. Seu valor hoje é estimado em $20 milhões.
Como todo violino “silenciado”, estas peças provocam controvérsias, pois, a demanda para que sejam ouvidos entra em conflito com a responsabilidade da sua preservação. Pelo mundo, os famosos violinos de Fritz Kreisler, Niccolò Paganini, Pierre Rode, Delphin Alard e Ole Bull estão em silêncio - ou pelo menos é assim a maior parte do tempo, mas nenhum recebe a mesma atenção da obra-prima de Stradivari de 1716, o "Messias".
Seu nome se deve a uma observação feita pelo violinista Jean-Delphin Alard, que ao ver Luigi Tarisio discutindo os méritos do instrumento desconhecido com seu sogro, Jean Baptista Vuillaume, falou: "Este violino é como o “Messias” dos Judeus: sempre esperamos por ele, mas ele nunca aparece!"
Confinado em uma redoma, depois de 300 anos, o “Messias” ainda é um prisioneiro do silêncio... um triste destino!
Fontes: https://www.ashmolean.org/messiah-violin-stradivari
https://hebbertsviolins.wordpress.com/2017/12/22/stradivaris-fabled-messiah-three-centuries-on-the-most-controversial-violin-in-history/
Imagem DG: Frame "Quiz ohne Grenzen"/Das Erst -3/abr/21
Imagem Messias: http://violino-comp.blogspot.com/2013/02/o-valor-de-um-stradivarius.html
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